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Capital

Presos por cárcere de homem com deficiência são soltos com tornozeleira

Vítima seguirá presa por conta de mandado de recaptura já que ele estava evadido de unidade penal

Por Ana Paula Chuva | 18/07/2025 08:31
Presos por cárcere de homem com deficiência são soltos com tornozeleira
Estátua da deusa Thêmis em frente ao Fórum de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)

A juíza Eucelia Moreira Cassal mandou soltar o soldado do Exército, 25 anos, e outro rapaz de 22 anos, presos por sequestro e cárcere de um homem com deficiência mental. No entanto, eles deverão usar tornozeleira por 6 meses e se manter afastados da vítima que continuará detida por conta de mandado de recaptura em aberto. A audiência de custódia aconteceu na quinta-feira (17).

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A Justiça concedeu liberdade provisória a dois homens, um soldado do Exército de 25 anos e outro de 22 anos, acusados de sequestro e cárcere privado de um homem com deficiência mental. A decisão, proferida pela juíza Eucelia Moreira Cassal, determina o uso de tornozeleira eletrônica por seis meses e proibição de aproximação da vítima.O caso foi descoberto após uma denúncia de furto de bicicleta em Campo Grande. Na residência dos suspeitos, a polícia encontrou uma motocicleta roubada, drogas e armas. A vítima, que estava foragida do sistema penitenciário, alegou ter sido mantida em cárcere privado por uma suposta dívida de R$ 1,2 mil, tendo seu celular confiscado e sofrendo vigilância constante.

Na decisão a magistrada considerou que as alegações da vítima precisam de maior apuração, principalmente porque se referem a uma possível subtração de valores mediante acesso a senhas bancárias “conduta que pode ter deixado vestígios materiais passíveis de coleta pela autoridade policial”.

Com isso, os dois rapazes tiveram a liberdade provisória mediante recolhimento e com monitoramento eletrônico por 180 dias. Eles também estão proibidos de se aproximar da vítima. Caso o soldado, que está de licença médica, volte às atividades laborais ele deverá comprovar a situação em juízo.

Cárcere - O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol. De acordo com o boletim de ocorrência, tudo começou com um desentendimento envolvendo moradores da região por conta de uma acusação de furto de bicicleta. Durante a apuração dos fatos, a Polícia Militar foi até uma residência apontada como possível local dos suspeitos e encontrou uma motocicleta com registro de roubo, além de drogas, arma de fogo e munições.

O jovem de 22 anos contou que há cerca de 3 meses o homem com deficiência estava residindo no local junto com os outros homens que estavam na casa. Dois deles fugiram com a chegada da polícia. Ele ainda contou ao delegado João Cleber Dornelles, ele ainda negou qualquer crime e que a arma e motocicleta apreendidas na residência pertenciam a um dos suspeitos que fugiram.

Já o soldado do Exército optou por ficar em silêncio e o advogado Vlandon Avelino entrou com pedido de liberdade provisória. O defensor relata que há dúvidas na legalidade do flagrante e que a narrativa de que um dos suspeitos fugiu foi usada apenas para entrada ilegal na casa.

Ao delegado, a vítima que estava evadida do sistema penitenciário, contou eu veio para Campo Grande em janeiro após ser abandonado pela família nas ruas de Aquidauana. Com isso, conheceu um dos homens e no início do mês foi até a residência depois de receber a aposentadoria para consumir bebidas alcoólicas.

No entanto, ele foi acusado de dever R$ 1,2 mil para os rapazes e acabou sendo mantido preso para que pudesse quitar a dívida. Segundo o relato, ele ficaria no local por 3 ou 4 meses até pagar todo o valor que ele nega existir. Ele contou que teve o celular tomado e era vigiado pelos suspeitos.

Além disso, afirmou ter sido agredido, porém não foram encontradas lesões em seu corpo.  Os dois rapazes ainda não passaram por custódia e a vítima ficou presa por estar com mandado em aberto. Ele tem passagens por violência doméstica.

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