Presos por cárcere de homem com deficiência são soltos com tornozeleira
Vítima seguirá presa por conta de mandado de recaptura já que ele estava evadido de unidade penal
A juíza Eucelia Moreira Cassal mandou soltar o soldado do Exército, 25 anos, e outro rapaz de 22 anos, presos por sequestro e cárcere de um homem com deficiência mental. No entanto, eles deverão usar tornozeleira por 6 meses e se manter afastados da vítima que continuará detida por conta de mandado de recaptura em aberto. A audiência de custódia aconteceu na quinta-feira (17).
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Na decisão a magistrada considerou que as alegações da vítima precisam de maior apuração, principalmente porque se referem a uma possível subtração de valores mediante acesso a senhas bancárias “conduta que pode ter deixado vestígios materiais passíveis de coleta pela autoridade policial”.
Com isso, os dois rapazes tiveram a liberdade provisória mediante recolhimento e com monitoramento eletrônico por 180 dias. Eles também estão proibidos de se aproximar da vítima. Caso o soldado, que está de licença médica, volte às atividades laborais ele deverá comprovar a situação em juízo.
Cárcere - O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol. De acordo com o boletim de ocorrência, tudo começou com um desentendimento envolvendo moradores da região por conta de uma acusação de furto de bicicleta. Durante a apuração dos fatos, a Polícia Militar foi até uma residência apontada como possível local dos suspeitos e encontrou uma motocicleta com registro de roubo, além de drogas, arma de fogo e munições.
O jovem de 22 anos contou que há cerca de 3 meses o homem com deficiência estava residindo no local junto com os outros homens que estavam na casa. Dois deles fugiram com a chegada da polícia. Ele ainda contou ao delegado João Cleber Dornelles, ele ainda negou qualquer crime e que a arma e motocicleta apreendidas na residência pertenciam a um dos suspeitos que fugiram.
Já o soldado do Exército optou por ficar em silêncio e o advogado Vlandon Avelino entrou com pedido de liberdade provisória. O defensor relata que há dúvidas na legalidade do flagrante e que a narrativa de que um dos suspeitos fugiu foi usada apenas para entrada ilegal na casa.
Ao delegado, a vítima que estava evadida do sistema penitenciário, contou eu veio para Campo Grande em janeiro após ser abandonado pela família nas ruas de Aquidauana. Com isso, conheceu um dos homens e no início do mês foi até a residência depois de receber a aposentadoria para consumir bebidas alcoólicas.
No entanto, ele foi acusado de dever R$ 1,2 mil para os rapazes e acabou sendo mantido preso para que pudesse quitar a dívida. Segundo o relato, ele ficaria no local por 3 ou 4 meses até pagar todo o valor que ele nega existir. Ele contou que teve o celular tomado e era vigiado pelos suspeitos.
Além disso, afirmou ter sido agredido, porém não foram encontradas lesões em seu corpo. Os dois rapazes ainda não passaram por custódia e a vítima ficou presa por estar com mandado em aberto. Ele tem passagens por violência doméstica.
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