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Capital

Principal alvo de operação contra o tráfico já foi preso com submetralhadora

No mês passado, o suspeito foi flagrado com várias armas por policiais do Garras

Geisy Garnes | 18/10/2021 17:44
Nas redes sociais, Luciano exibia armas e dinheiro. (Foto: Direto das Ruas)
Nas redes sociais, Luciano exibia armas e dinheiro. (Foto: Direto das Ruas)

Há pouco mais de um mês, Luciano de Souza Barbosa, apontado hoje como um dos principais alvos de operação contra o tráfico de cocaína, foi preso por policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) com diversas armas em casa, entre elas, uma submetralhadora CT 40. Na data, passou por audiência de custódia e ganhou a liberdade.

Conhecido como “Pequinês”, o traficante é alvo de investigações desde o ano passado. O suposto envolvimento com a venda de drogas em Campo Grande começou a ser desenhado em agosto de 2020, quando ele foi alvo de um atentado em casa, no Jardim Aero Rancho.

Na época, Luciano negociava a venda de uma moto, quando o atirador se aproximou e disparou várias vezes. Ele e o possível comprador foram atingidos. Investigações policiais indicavam que o atentado tinha relação com acerto de contas pelo domínio do tráfico de drogas na região da Vila Nhanhá.

Com o crime, também se descobriu a vida luxuosa de Luciano, que na operação de hoje, revelou ser amplamente divulgada por ele nas redes sociais. Na garagem da casa, foram encontrados um Chevrolet Camaro, uma caminhonete Toyota Hilux e uma motocicleta Honda CB1000.

Um ano depois, Luciano foi parado por policiais da delegacia especializada na Avenida Prefeito Lúdio Martins Coelho. Ele estava em um Onix, que foi parado após denúncias anônimas. Durante vistoria, foi encontrada uma pistola calibre .380 com mira laser escondida no painel.

Ao ser flagrado com a pistola, confessou ter mais armas em casa, mas afirmou que todas eram registradas e com apostilamento do Exército Brasileiro. Os policiais foram ao endereço, no Bairro União, e lá apreenderam uma submetralhadora CT 40, uma pistola 9 milímetros, outra pistola calibre .380 e diversas munições calibre .380, .40 e 9 mm.

Em depoimento, Luciano se apresentou como empresário do setor de construção civil, alegou que não sabia da pistola no carro e que suas armas sempre ficavam guardadas em casa. Se declarou ainda “colecionador, atirador e caçador” e afirmou que o arsenal era devidamente regularizado, que participa de clube de tiros.

O ex-sogro de Luciano estava com ele no dia do flagrante e também foi preso. Ele estava foragido do estado de São Paulo e andava com documento falso por conta disso. Sidney Fernandes da Silva chegou a explicar que o ex-genro comprou a arma e aumentou a “segurança” depois do atentado que sofreu em 2020.

Em audiência de custódia, o juiz Fernando Chemin Cury levou em consideração os registros das armas apresentados por Luciano e decretou sua liberdade provisória.

Agora, pouco mais de um mês depois, Pequinês volta a cadeia por envolvimento com o tráfico de cocaína. Investigado pela Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) na Operação Ouro Branco pelos crimes de tráfico, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro, o alvo exibia nas redes sociais fotos com maços de dinheiro e até com os armamentos pesados.

“Pequinês” é um dos 16 alvos de mandado de prisão preventiva da operação realizada pela delegacia especializada desde as primeiras horas do dia em Campo Grande. Além dele, um casal e três pessoas da mesma família: mãe, pai (conhecido como Playboy) e filha, foram parar na cadeira nesta manhã. As equipes ainda visitaram 64 endereços ligados aos investigados.

Movimentação das equipes da Polícia Civil na manhã desta segunda-feira. (Foto: Marcos Maluf)
Movimentação das equipes da Polícia Civil na manhã desta segunda-feira. (Foto: Marcos Maluf)


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