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Capital

Professores mantêm greve e fazem manifestação com apoio de vereadores

Kleber Clajus e Filipe Prado | 07/11/2014 09:02
Professores devem partir da sede da ACP até a Prefeitura para cobrar reajuste de 8,46%, previsto em lei (Foto: Marcelo Calazans)
Professores devem partir da sede da ACP até a Prefeitura para cobrar reajuste de 8,46%, previsto em lei (Foto: Marcelo Calazans)
Rose Modesto disse que seguirá com sua categoria para que o reajuste seja cumprido (Foto: Marcelos Calazans)
Rose Modesto disse que seguirá com sua categoria para que o reajuste seja cumprido (Foto: Marcelos Calazans)

No segundo dia da greve, professores pretendem marchar em direção a Prefeitura de Campo Grande, desde às 9h, acompanhados pelos vereadores Rose Modesto (PSDB) e Eduardo Romero (PT do B). A paralisação afeta 75% das escolas municipais e foi deflagrada após o não cumprimento da Lei Municipal nº 5189/13, que prevê equiparação dos salários ao piso nacional de 20 horas.

“Os professores vão até a Prefeitura e farão plantão até serem recebidos. A pauta é para que se cumpra a lei. Eles estão dispostos a receber tudo em 1º de dezembro. Vamos acompanhar a passeata e o desfecho”, disse Romero, que acompanha nesta manhã assembleia na sede da ACP (Associação Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública).

Comissão mista com representantes do sindicato e vereadores foi criada, ontem (6), para intermediar as negociações com o prefeito Gilmar Olarte (PP), que justifica não ter recursos para honrar reajuste previsto para ser aplicado desde outubro. Ele retorna hoje de São Paulo (SP), onde negociou antecipação de outorga onerosa de R$ 50 milhões com a Águas Guariroba.

Professora e vice-governadora eleita, Rose Modesto fez questão de se posicionar ao lado de sua categoria. Ela disse que participa de negociações, desde 2012, para a equiparação dos salários ao piso nacional, porém em jornada de 20 horas. “Vim buscar uma melhor forma de resolver essa situação”, pontou.

Sem aulas - Cerca de 94 mil alunos foram afetados pela falta de aulas, desde ontem, de acordo com a Semed (Secretaria Municipal de Educação). Devido ao calendário de reposição, o ano letivo poderá se estender até o fim de janeiro e os alunos terão férias mais curtas.

De acordo com a secretária, Ângela Brito, por lei é necessário que o ano letivo tenha uma carga horária de 800 horas.

Reajuste - O reajuste para os professores terá impacto de R$ 3,3 milhões na folha de pagamento, ampliando o comprometimento da prefeitura com gastos de pessoal de 48,7% para 49,21%.

A categoria cobra o reajuste de 8,46%, que vai elevar a remuneração por 20 horas ao piso nacional. De acordo com a ACP, a remuneração inicial vai passar de R$ 1.564 para R$ 1.697 (100% do piso nacional). Já quem está acima na estrutura de carreira terá o salário aumentado de R$ 2.347 para R$ 2.546.

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