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Capital

Programa é “mentiroso” e tira direitos trabalhistas, diz presidente da Fenam

Bruno Chaves | 17/10/2013 18:10
Presidente veio a Campo Grande para visita de rotina (Foto: Cleber Gellio)
Presidente veio a Campo Grande para visita de rotina (Foto: Cleber Gellio)

Durante visita a Campo Grande, o presidente da Fenam (Federação Nacional dos Médicos), Geraldo Ferreira Filho, afirmou que o programa federal Mais Médicos é mentiroso, precário e que tira os direitos trabalhistas de profissionais. Geraldo defendeu que o programa “perdeu uma grande oportunidade de dar uma resposta mais definitiva para a saúde no País”.

“Pouco antes do lançamento do programa, nós nos reunimos com o governo para dar sugestões de como deveria ser suprida a falta de profissionais nas regiões precárias. Sugerimos concurso público, com carreira pública, com remuneração decente e planos de carreiras”, afirmou. No entanto, as sugestões não foram atendidas.

Para o presidente, o programa é precário porque não acaba com o problema de falta de infraestrutura nas cidades. “Entendemos que a maior dificuldade do medico trabalhar, de acordo com pesquisas, não é a questão do salário, mas a falta de resolutividade, ou seja, a falta de condições de trabalho”, explica.

O governo lançou um programa precário, com vinculo através de bolsas e simulando uma situação de ensino onde não tem professores, defende o médico. Pelo fato de o Mais Médicos ser um programa “absolutamente atemporal, por três anos”, se torna uma situação precária, já que o “indivíduo vai ter três anos de sua vida que não vai contar como tempo de serviço”.

Mentira – Geraldo ainda defendeu que o programa federal é a “maior mentira”. Ele lembrou que o governo defendeu que o Mais Médicos levaria profissionais para o interior para atender a população, além de aumentar os estudos.

“O programa diz que o médico está indo para o interior para estudar, no entanto isso é um disfarce para não pagar um salário. É prestação de serviço, não é estudo”, diz.

Interesses políticos – O lançamento do programa é entendido como uma resposta rápida do governo, mas eleitoreira, acredita Geraldo, fato que é prejudicial não só para os médicos, mas para a população.

“Se o profissional fosse um servidor público, seria uma solução mais definitiva. Médico concursado e com carreira vai se tornar um médico crítico, ele vai denunciar falta de condições de trabalho e ele vai conscientizar a população dos direitos dela. Agora, um médico bolsista que não tem instabilidade, podendo ser jogado fora a qualquer hora, é um médico mais dócil. Isso é uma agressão. É o maior retrocesso em termos de direito trabalhista”, defende.

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