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Capital

Projeto existe, não sai do papel e avenida continua tomada por erosões

Alan Diógenes | 13/12/2015 09:35
Erosão já chegou ao asfalto e placas interditam uma das faixas da avenida. (Foto: Marcos Ermínio)
Erosão já chegou ao asfalto e placas interditam uma das faixas da avenida. (Foto: Marcos Ermínio)
Josefa e irmã que moram em frente à avenida teme que enchentes invada casa onde moram. (Foto: Marcos Ermínio)
Josefa e irmã que moram em frente à avenida teme que enchentes invada casa onde moram. (Foto: Marcos Ermínio)

Entra prefeito, sai prefeito e o projeto de revitalização da Ernesto Geisel, orçado em R$ 68 milhões, continua apenas no papel. O problema é que a avenida, que poderia ser um cartão postal de Campo Grande, sempre vira palco de transtornos para a população com erosões e alagamentos toda a vez que a cidade enfrenta chuvas fortes.

Outro problema que atrapalha o fluxo de veículos pode ser encontrado em alguns pontos da extensão da avenida, principalmente no trecho onde fica localizado o Shopping Norte Sul Plaza. São partes do asfalto que cederam obrigando a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) a interditar faixas com placas metálicas e refletivas.

O risco de acidentes é eminente porque condutores precisam desviar dos obstáculos. É o que conta o empresário Odílson Franck Oliveira, 44 anos, que mora e trabalha há 15 na região. “Os motoristas que não conhecem a avenida trafegam em alta velocidade e quando enxergam as placas acabam freando bruscamente, é quando acontece os acidentes. Eu tenho até cones em minha empresa para socorrer quem precisa”, explicou.

Ele questiona: "Onde foi parar o dinheiro do projeto da revitalização? Alguém precisa falar para a população onde é que foi investido. Ainda mais se tratando da Ernesto Geisel que é uma via que liga o centro da cidade a diversos outros bairros. O pior é que a tendência é piorar a situação porque toda vez que chove tem enchente. Peço com urgência que arrumem, porque só medida paliativa não adianta”, comentou Odílson.

É possível encontrar diversas erosões ao longo da avenida. (Foto: Marcos Ermínio)
É possível encontrar diversas erosões ao longo da avenida. (Foto: Marcos Ermínio)
Para Marcílio o ideal seria fazer uma obra de contenção de enchente. (Foto: Marcos Ermínio)
Para Marcílio o ideal seria fazer uma obra de contenção de enchente. (Foto: Marcos Ermínio)

Apesar de morar há poucos meses às margens da avenida, o mecânico Jonathan dos Santos Silva, 26, já viu o que a força da água da chuva pode causar na região onde fica o Rio Anhanduí. “A água desce levando todo o barranco. O medo da gente é que a enchente chegue até as casas próximas. A prefeitura precisa fazer uma barreira para a água não chegar às margens da avenida urgentemente”, mencionou.

Esse também é o medo da dona de casa Josefa Conceição Pereira, 64. “Quando chove muito a água sobe e a gente fica em frente de casa cuidando para ela não entrar em casa. Quando vejo que está subindo demais eu já começo a levantar as coisas para não molhar. Moro há 35 anos na mesma casa e tenho que viver com o mesmo problema desde quando me mudei, mas e o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) que eu pago”, destacou.

Para o comerciante Marcílio Severino Dias, 60, a obra ideal é fazer uma contenção de enchentes. “Só assim mesmo para o problema acabar. O pessoal que mora da parte entre a Rua Bom Sucesso até o Shopping Norte Sul Plaza, por exemplo, fica ilhado. Essa erosão está crescendo cada dia mais”, finalizou.

O prefeito Alcides Bernal (PP) prometeu destravar o projeto até janeiro de 2016. Ele lembrou que as duas empresas que foram vencedoras dos primeiros processos licitatórios desistiram da obra e a prefeitura revogou a licitação em julho deste ano.

Conforme Bernal, intenção é retomar a licitação em janeiro do próximo ano e dar seguimento a assinatura das ordens de serviço. O prefeito ressaltou ainda que deve manter o último projeto, mas pretende licitar a obra por partes, tendo em vista que a realização depende de contrapartida da prefeitura e existe dificuldades financeiras para concluí-las de forma integral.

Cerca de um metro separa o barranco da avenida que não possui guard rails. (Foto: Marcos Ermínio)
Cerca de um metro separa o barranco da avenida que não possui guard rails. (Foto: Marcos Ermínio)
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