ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 23º

Capital

Promotor diz que acusada de morte em motel teve ajuda para cometer crime

Bolívar Vieira diz que Fernanda Aparecida não agiu sozinha, mas prefere omitir nome do comparsa e que arquitetou crime

Silvia Frias e Paula Maciulevicius Brasil | 13/11/2020 11:14
Promotor Bolivar Vieira, durante julgamento de Fernanda Aparecida (branco) (Foto: Marcos Maluf)
Promotor Bolivar Vieira, durante julgamento de Fernanda Aparecida (branco) (Foto: Marcos Maluf)

No depoimento prestado durante o julgamento, Fernanda Aparecida da Silva Sylverio, 30 anos, acusa terceira pessoa pela morte imputada a ela, a do ex-superintendente de Gestão de Informações do governo estadual, Daniel Nantes Abuchaim. A promotoria concorda com a participação de outra pessoa, mas rebate a inocência alegada por ela.

Daniel Abuchaim foi morto a facadas no dia 19 de novembro, no motel localizado no Jardim Veraneio. Quando foi presa, no dia 21 de novembro, Fernanda Aparecida confessou o crime, dizendo que ele teria assediado a namorada dela. Depois, mudou versão, dizendo que foi ameaça e coagida por desconhecido, que cobrava dívida da vítima.

“Seja por medo, ou para proteger a pessoa, ela não fala do comparsa; temos convicção baseada nos autos que não foi uma vítima como diz”, justificou o promotor Bolívar Luís da Costa Vieira.

Fernanda Aparecida está sendo julgada por homicídio duplamente qualificado de Daniel Abuchaim, ocorrida no dia 19 de novembro de 2016, em quarto de motel no Jardim Noroeste, em Campo Grande. O corpo foi jogado às margens de rodovia vicinal.

Fernanda Aparecida chegou a confessar crime no inquérito, mas, mudou versão (Foto: Marcos Maluf)
Fernanda Aparecida chegou a confessar crime no inquérito, mas, mudou versão (Foto: Marcos Maluf)

A acusada disse que confessou o crime após ser agredida pelos policiais, mas que Abuchaim foi morto a facadas por desconhecido, que a ameaçou e a forçou a participar da emboscada da vítima.

O promotor concorda parte da versão apresentada por ela durante inquérito e no julgamento, a de que havia 3ª pessoa no quarto. “Ele não tinha menos que 85 kg (...) isso nos leva à convicção de que ela agiu com a terceira pessoa que a ajudou a matar o Daniel e a ajudou a colocou o corpo no carro e desovar”.

No depoimento dela, diz que foi ameçada por homem que a seguiu de carro preto. Depois, seguiu o carro dela e entrou quando Fernanda se encontrou com Daniel. Segundo ela, o desconhecido entrou no motel com eles e discussão entre os dois começou, por causa de dívida. Abuchaim foi morto a facadas.

Porém, rechaça que Fernanda Aparecida Sylverio tenha sido vítima de ameaças, ao contrário, a que participou ativamente do crime. “Nós [promotoria] não acreditamos; ela foi autora, atraiu Daniel para morte”, afirmou.

Bolivar Vieira também comentou as acusações feitas por ela, de que teria sido coagiada pela PM, pelo autor do crime, na emboscada a Abuchaim e, posteriormente, a desovar o corpo.

Nós, mp não acreditamos. Ela foi autora, atraiu Daniel para a morte por um terceiro indivíduo e ela própria. “Ela quer que nós acreditemos que ela é vítima ao cubo, tudo isso em espaço de três dias, é isso que ela quer que os senhores acreditem”.


Nos siga no Google Notícias