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Capital

Promotora flagra UPAs superlotadas e pede providências à Prefeitura

Ricardo Campos Jr. | 01/02/2016 16:24
Foto tirada pela equipe da promotoria mostra UPA lotada (Foto: reprodução / MPE)
Foto tirada pela equipe da promotoria mostra UPA lotada (Foto: reprodução / MPE)

O MPE (Ministério Público Estadual) está cobrando mais empenho do município em melhorar o atendimento de saúde, pois os esforços empreendidos pelo poder público não têm sido suficientes diante da epidemia de dengue. Nesta segunda-feira (1º), a promotora Paula Volpe emitiu uma lista com dez recomendações à prefeitura para garantir rapidez no tratamento dos pacientes. O órgão tem dez dias para se manifestar se irá ou não acatar as medidas.

“A minha equipe, desde o começo de janeiro, já tinha ido em sete postos de saúde e na sexta à noite visitou a UPA Coronel Antonino. Estava muito cheio. Era por volta das 19h e tinha gente esperando desde as 14h. Constatei idosos, gestantes, pessoas com crianças de colo na fila, ou seja, todos os que deveriam ter prioridade. Conversei com a chefe responsável e ela disse que a escala estava completa, o problema é que não tinha leito”, conta Paula.

O documento com as recomendações foi entregue pessoalmente a Ivandro Fonseca, titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e já consta no procedimento aberto para fiscalizar as medidas adotadas pelo município tendo em vista o avanço da doença.

“Isso é possível de minimizar com mais hospitais de campanha, mas eles têm que ser montados e que se coloquem médicos, enfermeiros. Como já tem o decreto de emergência, é possível fazer isso sem licitação. Já têm alguns funcionando, mas não estão sendo suficientes”, diz Paula Volpe.

Ela sugeriu ao município instalar um desses hospitais na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que possibilitaria a transferência de pacientes para o HU (Hospital Universitário) sem a necessidade de intervenção do Samu.

O Hospital São Julião, em reunião com diretores da Santa Casa e HU no dia 25 de janeiro, ofereceu 12 leitos para os pacientes com suspeita de dengue. O município ficou de avaliar a questão e não deu retorno ao MPE. Chegou a ser dado um prazo de 24h para resposta, mas diante das recomendações, o órgão decidiu esperar mais dez dias.

O Campo Grande News tentou contato com Ivandro Fonseca, mas ele não atendeu às ligações. Conforme a assessoria de imprensa do município, o documento chegou durante a tarde no órgão e ainda não foi analisado pelo prefeito Alcides Bernal (PP).

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