Quadrilha usou cartão clonado de PM para golpe em shopping
Um dos autores também usava número de telefone registrado em nome de auditor fiscal de MS
Golpistas presos ontem (21) em Campo Grande e Costa Rica, cidade distante a 305 quilômetros da Capital, usaram o cartão de crédito de uma cabo da Polícia Militar para adquirir as sandálias. Um dos autores também usava número de telefone registrado em nome de outra pessoa, um auditor fiscal de Mato Grosso do Sul.
Agentes do SIG (Setor de Investigações Gerais) chegaram aos golpistas após empresário denunciar a suspeita do crime à polícia. Segundo o homem, uma mulher que se identificou como dona de uma loja comprou R$ 4 mil em sandálias no dia 8 de junho. No mesmo dia, outro integrante da quadrilha foi buscar a mercadoria em loja do Shopping Campo Grande.
No dia seguinte, a mesma pessoa entrou em contato com a loja, querendo adquirir mais sandálias com valor de compra superior a R$ 5 mil. Desconfiado, o empresário disse que o sistema de venda online estava fora do ar.
O empresário foi atrás da titular do cartão de crédito e descobriu que era uma cabo da Polícia Militar de Corumbá, que havia tido o documento clonado. Ele denunciou o caso à Polícia Civil.
Por meio de imagens de câmeras de segurança do shopping, os agentes chegaram a Nivaldo Júnior Filho Pereira Barbosa, no bairro Universitário. À polícia, ele assumiu que havia buscado as mercadorias, que vendeu alguns sapatos e repassou outros para Giovana da Silva Portilho, 20 anos.
Na casa de Nivaldo, os policiais encontraram um par de sandália, cinco celulares, chips, máquina de cartão de crédito, além de roupas e sapatos comprados com dinheiro do estelionato. No local também foram localizados cartões de créditos em nomes de outras pessoas, utilizados para compras na internet.
Giovana foi encontrada no bairro Santa Emília e, à polícia, assumiu que pegou as mercadorias para revender. Parte do dinheiro seria repassado para Felippe Gabriel Rocha, 24 anos, morador de Costa Rica. Ele era o ''cabeça'' do grupo.
Segundo a Polícia Civil, cada membro do grupo tinha função específica, entre elas adquirir cartões clonados, fazer a compra, retirar as mercadorias e revender os produtos usando as redes sociais.
Com o apoio da delegacia de Costa Rica, Felippe foi preso na cidade. O caso segue investigado pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.