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Capital

Rapaz foi morto com tiro nas costas por defender pessoa com deficiência física

Edijalma, de 32 anos, foi assassinado por Walter, de 21, na madrugada desta sexta-feira

Ana Oshiro e Dayene Paz | 15/07/2022 09:18
Marcas de sangue de Edijalma em frente à casa onde morava com a esposa e filho. (Foto: Henrique Kawaminami)
Marcas de sangue de Edijalma em frente à casa onde morava com a esposa e filho. (Foto: Henrique Kawaminami)

"Tranquilo, humilde, honesto e ajudava todo mundo", assim que a esposa e os vizinhos de Edijalma Hércules dos Santos, de 32 anos, o definiram. Edijalma foi assassinado com tiros nas costas pelo jovem Walter Eduardo Ferreira, de 21, na madrugada desta sexta-feira (15), no Jardim Centenário, em Campo Grande.

"Ele saiu pra comprar uma pipoca pra mim, não dá pra descrever o que estou sentindo. Foi só na conveniência, voltou tossindo sangue, sentou no sofá e pediu pra chamar a polícia", relatou Thais Marques, de 23 anos, esposa de Edijalma.

Foi ela quem acionou o socorro e pediu ajuda de amigos para levar o homem até uma unidade saúde. Com os olhos inchados de tanto chorar, Thais se limitou a dizer que está sem chão e que tem um filho de dois anos junto com Edijalma. "Ele era muito tranquilo, não ficava na rua e não tinha problema com ninguém", finalizou a jovem.

Calçada de conveniência também ficou marcas do crime. (Foto: Henrique Kawaminami)
Calçada de conveniência também ficou marcas do crime. (Foto: Henrique Kawaminami)

De acordo com uma vizinha, que tem medo de Walter e preferiu não se identificar, Edijalma foi morto porque na última semana deu um soco no rosto de Walter quando tentou defender um deficiente físico que estava apanhando do jovem.

"Edijalma viu o cara batendo em um senhor deficiente, aí entrou no meio para defender. Ele era bom, honesto, humilde e ajudava todo mundo. Já o Walter tava sempre dando tiro pra cima e tocava o terror aqui no bairro", disse a mulher.

Sebastião Adir, comerciante de 55 anos, trabalha em frente à conveniência onde Edijalma foi atingido. "Ele era muito tranquilo, só saia de casa pra trabalhar e fazer compra. Ele sempre passava aqui e tomava um gole de chimarrão comigo enquanto a esposa tava fazendo compra, mas logo voltava pra casa com ela", contou.

Depois de ser preso em flagrante, Walter ficou aliviado ao saber que Edijalma havia morrido. A caminho da delegacia ele tentou colocar a culpa dos disparos no irmão mais novo, menor de idade, mas depois confessou o crime. "Estava cansado de apanhar", disse Walter para o delegado.

Testemunhas contaram à polícia que Walter estava tentando se impor na região para virar um líder, ameaçando as pessoas, fazendo bagunça na rua e atirando para cima com frequência. Ao todo, Walter atirou seis vezes contra Edijalma, mas apenas um disparo atingiu a vítima, que morreu a caminho do hospital.

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