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Capital

Recapeamento feito pelo Exército terá atraso de pelo menos seis meses

CMO e prefeitura citam quatro dificuldades que encontraram durante as obras; chuva e rompimento de tubulação são os principais problemas

Anahi Zurutuza | 27/11/2017 12:58
Recapeamento está sendo feito por etapas; na foto, militar vistoria trabalho (Foto: PMCG/Divulgação)
Recapeamento está sendo feito por etapas; na foto, militar vistoria trabalho (Foto: PMCG/Divulgação)

O Exército e a Prefeitura de Campo Grande, responsáveis pela drenagem e recapeamento das avenidas Bandeirantes, Marechal Deodoro e ruas Brilhante e Guia Lopes, estima que a entrega das obras vai atrasar seis meses. O prazo para a conclusão do trabalho de requalificação das vias que formam o corredor sudoeste do transporte coletivo era de 24 meses – vencia, portanto, em fevereiro de 2019.

Por meio de nota, enviada via assessoria de imprensa do CMO (Comando Militar do Oeste), quatro motivos são listados para explicar o atraso no cronograma. O volume de chuva acima do esperado e as informações desatualizadas há décadas sobre a tubulação subterrânea são as principais dificuldades encontradas pelos militares no canteiro de obras, conforme o texto assinado pelo general de brigada José Carlos Braga de Avellar e pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD).

Segundo os responsáveis pelas obras, o cadastro do sistema de drenagem, abastecimento de água e tratamento de esgoto, além da tubulação de gás e telefonia existentes nos arquivos da prefeitura estão desatualizadas desde às décadas de 1960 e 1970. Por isso, durante os trabalhos no canteiro, por várias vezes adutoras foram rompidas, precisaram ser reparadas e as equipes também tinham de aguardar a secagem do solo para retomar os trabalhos.

“O período de chuvas está mais longo e mais intenso do que indicava a série histórica”, continua o texto.

Na nota, o Exército também destaca que a transição de governo atrapalhou o cronograma, primeiro porque a nova administração atrasou repasses enquanto “levantava informações sobre os compromissos assumidos pela gestão anterior” e depois porque demorou a disponibilizar os projetos executivos e outros detalhamentos da obra. As duas situações já foram solucionadas, segundo a prefeitura e o CMO.

Outro trecho da rua Brilhante já recapeado (Foto: Guilherme Henri/Arquivo)
Outro trecho da rua Brilhante já recapeado (Foto: Guilherme Henri/Arquivo)

Reclamações - Iniciada em fevereiro deste ano, a obra que está sendo executada pelo Exército é vista com bons olhos pelos moradores das proximidades quanto à qualidade dela, mas também com questionamento sobre o ritmo da intervenção.

O Campo Grande News esteve na rua Brilhante na sexta-feira (24), quando os militares trabalhavam no cruzamento com rua Aduie Rezek. Alguns dos entrevistados reclamaram da demora.

Também na sexta-feira, o prefeito Marquinhos Trad que já havia reclamando da lentidão na obra, evitou fazer novas críticas. “Estamos conversando com eles (Exército). Mas a obra deles não é apenas recapeamento. Tem outras coisas que levam tempo", declarou.

Na nota assinada pelo comandante do CMO e pelo prefeito classifica o empreendimento como “tipo de trabalho que não é realizado há muitos anos” e que por isso, “não há parâmetro de comparação recente”. “A obra contratada foi de requalificação viária. Possui características de complexidade muito maiores do que o simples recapeamento ou ações de ‘tapa-buraco’”.

Contrato - O convênio entre Exército e prefeitura foi firmado em agosto de 2016, ainda no governo de Alcides Bernal (PP), portanto. O contrato prevê o recapeamento de 12 km: 5 km na Marechal Deodoro, 4 km Bandeirantes, 600 metros na rua Guia Lopes e 3 km na Brilhante.

Do total do convênio, R$ 24 milhões serão executados diretamente, ou seja, pelo próprio Exército. O restante será terceirizado, com obras como boca de lobo.

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