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Capital

Rede de facção tem casa de apoio para presos da penitenciária federal

Ainda conforme o documento, todo integrante que for cumprir pena em presídio federal receberá uma "ajuda"

Aline dos Santos | 19/07/2018 11:22
Penitenciária Federal de Campo Grande. (Foto: Alcides Neto/Arquivo)
Penitenciária Federal de Campo Grande. (Foto: Alcides Neto/Arquivo)

A denúncia da operação Echelon, encaminhada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Presidente Prudente (São Paulo) à Justiça, aponta que a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) tem em Campo Grande casa de apoio para receber os familiares dos presos que cumprem pena na Penitenciária Federal da cidade. O imóvel, que era alugado, teve que ser substituído.

A cúpula da facção foi informada “sobre familiares de presos que saíram da "casa de apoio" de Campo Grande, em virtude dos presos terem deixado a facção PCC e se associado a outros grupos criminosos. Desta forma, resolveram mudar de imóvel, uma vez que o endereço anterior passou a ser de conhecimento de grupos inimigos, colocando em risco os familiares”.

Ainda conforme o documento, todo integrante que for cumprir pena em uma Penitenciária Federal receberá uma "ajuda" (espécie de compensação financeira mensal).

A denúncia contra 75 pessoas faz um resgate do histórico da facção, que surgiu em 1993 durante uma rebelião no Centro de Reabilitação Penitenciária, anexo à Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté, em São Paulo. Alguns presos que articularam a rebelião criaram a facção com o nome inspirado no time de futebol do presídio. O PCC surgiu para controle da massa carcerária e o monopólio do crime.

A investigação teve início no presídio de Presidente Venceslau (SP). Após a instalação de telas de contenção nos dutos da rede de esgoto da penitenciária, foi possível apreender e recuperar fragmentos de cartas que presos dispensaram durante fiscalizações de rotina das celas. A Echelon foi realizada em 14 de junho, com mandados em Mato Grosso do Sul.

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