"Rei da Fronteira" terá de corrigir problema metabólico antes de cirurgia
Fahd Jamil está em hospital desde quinta-feira para angioplastia em veia que leva sangue ao cérebro

Internado em hospital particular desde essa quinta-feira (27) para cirurgia cardíaca classificada como de urgência o réu na operação Omertá Fahd Jamil Georges, 79 anos, ainda não foi submetido ao procedimento. Primeiro, a equipe médica terá de fazer correção nos índices de sódio no sangue identificados pelos exames.
Por causa da presença de Fahd, equipes da Polícia Militar estão fazendo plantão no hospital.
- Leia Também
- Sobrinho do Rei da Fronteira alega estar a pé por causa de calote de devedor
- "Na fronteira, silêncio vale diamante", diz Jamilzinho em audiência por execução
Segundo apurado, Fahd foi diagnostifcado como hiponatrenia, quando há mais sódio no corpo do que o normal, justamente em decorrência do quadro clínico do paciente, que apresentou placas de gordura e cálcio na veia carótida direita. Por causa disso, existe risco de sofrer acidentes vasculares cerebrais e outras complicações graves.
Só depois que os exames indicarem níveis satisfatórios de sódio, a intervenção cirúrgica será feita. Conforme a investigação jornalística do Campo Grande News descobriu, “Fuad” será submetido a uma angioplastia.
O procedimento consiste, em linguagem leiga, em desobstruir a passagem de sangue, que fica estreita por causa das placas que se juntam na parede da veia. A carótida leva o sangue para o cérebro. Obstruções podem provocar consequências de prognóstico difícil, como a ida de pequenos coágulos para o cérebro.
Nesse tipo de cirurgia, a correção do problema pode exigir colocação de stents, uma pequena peça de material metálico cirúrgico, para assegurar a passagem normal do fluído corporal.
O acesso à carótida é feito na coxa do paciente, por meio da veia femural. Normalmente, quem se submete ao procedimento fica em ambiente de UTI até o médico entender que não corre mais risco.
É uma operação considerada delicada, mas com índices de êxito grandes.
Por enquanto, segundo a reportagem levantou, Fahd está no quarto, recebendo o tratamento para estabilizar os níveis de sódio.
Segurança - Do lado de fora do hospital, equipes da Polícia Militar, incluindo Batalhão de Choque, seguem fazendo a segurança.
Réu por chefiar milícia armada dedicada a eliminar desafetos, Fahd Jamil é considero preso de situação delicada. Há registros de ameaça do PCC (Primeiro Comando da Capital) à família dele.
Conhecido por décadas como “Rei da Fronteira”, ele está preso desde 19 de abril, quando se entregou ao Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros). Tinha ficado foragido por quase um ano.
A defesa aguarda definição do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, sobre pedido de prisão domiciliar. Para embasar a decisão, foi soliciada perícia pédica oficial, para a qual foram feitos mais de 20 exames, entre eles o que descobriu a necessidade de cirurgia cardíaca.