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Capital

Remédio controlado custava 169% a mais sem receita e farmácia é interditada

Fiscalização apreende cerca de R$ 100 mil em medicamentos de tarja preta e produtos irregulares

Por Bruna Marques | 28/10/2025 14:05
Remédio controlado custava 169% a mais sem receita e farmácia é interditada
Remédios de tarja preta e antibióticos que só podem ser vendidos com receita médica apreendidos durante fiscalização (Foto: Bruna Marques)

Frasco de remédio tarja preta podia custar 169% mais caro para quem o comprasse sem receita médica na farmácia alvo de fiscalização na manhã desta terça-feira (28). O medicamento, vendido por R$ 12,99 com prescrição, chegava a R$ 35 quando adquirido irregularmente. O estabelecimento, localizado na Avenida dos Cafezais, no Jardim Centro Oeste, foi interditado após equipes da Polícia Civil e de órgãos de fiscalização flagrarem a venda ilegal de medicamentos controlados.

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Uma farmácia em Campo Grande foi interditada após fiscalização flagrar a venda ilegal de medicamentos controlados. O estabelecimento comercializava remédios tarja preta com sobrepreço de até 169% para clientes sem receita médica, cobrando R$ 35 por produtos que normalmente custavam R$ 12,99. A operação apreendeu cerca de R$ 100 mil em produtos, incluindo 500 caixas de medicamentos de uso restrito, anabolizantes e antidepressivos. A denúncia partiu de um familiar que relatou o consumo excessivo de clonazepam por um parente, que adquiria o medicamento sem prescrição desde outubro de 2024.

Durante a operação, foram apreendidos cerca de R$ 100 mil em produtos, entre eles 500 caixas de remédios de uso restrito, anabolizantes, antidepressivos e até alimentos vencidos. Segundo as autoridades, o local armazenava os medicamentos em condições inadequadas, em um cômodo separado e sem controle de temperatura.

A denúncia que levou à fiscalização partiu de um familiar preocupado com o consumo excessivo de clonazepam por um parente. O relato revelou que o medicamento era vendido livremente, sem exigência de receita e sem orientação de uso, prática mantida desde outubro de 2024.

O denunciante contou que começou a tomar o remédio sem acompanhamento médico, aumentando progressivamente a dose até ingerir um frasco inteiro de uma só vez. Recentemente, chegou a comprar dez frascos em poucos dias, apresentando surtos e comportamento autodestrutivo.

O caso resultou em atendimento médico e encaminhamento ao CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), além de notificações à Vigilância Sanitária e ao CRF-MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul).

Remédio controlado custava 169% a mais sem receita e farmácia é interditada
Farmácia interditada pela Vigilância Sanitária em Campo Grande (Foto: Bruna Marques)

Durante a vistoria, os agentes encontraram diversos medicamentos controlados e antibióticos vendidos sem prescrição, além de produtos vencidos e esteroides. Segundo a Polícia Civil, a ação faz parte de uma investigação mais ampla sobre o comércio ilegal de remédios de uso controlado na capital. O local permanecerá interditado até o fim das apurações.

Remédios apreendidos exigem controle rígido e diferentes tipos de receita

Entre os produtos encontrados estavam analgésicos opioides, calmantes, indutores do sono, estabilizadores de humor, antipsicóticos, antidepressivos e antibióticos, todos com regras específicas de prescrição.

Os opioides, indicados para dores intensas, só podem ser vendidos com receita amarela, que fica retida na farmácia. Já os calmantes e ansiolíticos, usados para tratar ansiedade e insônia, exigem receita azul, também controlada.

Remédio controlado custava 169% a mais sem receita e farmácia é interditada
Caixas de medicamentos controlados apreendidas durante a fiscalização em farmácia (Foto: Bruna Marques)

Medicamentos como estabilizadores de humor e anticonvulsivantes podem requerer receita simples branca ou prescrição azul, dependendo da substância. Os antipsicóticos e antidepressivos, voltados ao tratamento de depressão, esquizofrenia e transtornos de humor, seguem o mesmo padrão.

Os antibióticos, por sua vez, só podem ser vendidos mediante receita branca em duas vias, uma delas retida no estabelecimento, exigência criada para evitar o uso indevido e o avanço da resistência bacteriana.

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