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Capital

Réu por matar namorada a tesouradas é condenado a 17 anos de prisão

O crime aconteceu em setembro do ano passado no mesmo dia em que Robinho deixou o Presídio de Segurança

Geisy Garnes | 01/11/2018 16:41
Robinho foi condenado a 17 anos de prisão (Foto: Henrique Kawaminami)
Robinho foi condenado a 17 anos de prisão (Foto: Henrique Kawaminami)

Roberson Batista da Silva, de 33 anos, foi condenado a 17 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da namorada Mayara Fontoura Holsback, 18 anos. O crime aconteceu em setembro do ano passado, no mesmo dia em que Robinho, como é conhecido, deixou o Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande.

Na tarde desta quinta-feira (1º), os jurados do conselho de sentença decidiram pela condenação de Robinho por homicídio qualificado por motivo torpe e feminicídio. A pena de 17 anos em regime fechado foi definida pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Crime.

Em julgamento, Robinho defendeu, mais uma vez, a tese de legítima defesa. “Ou eu matava ou eu morria”. Na versão do réu, Mayara teria tentado matá-lo com uma tesoura após uma briga, mas ele conseguiu tomar a “arma” da mão dela e a golpeou no pescoço. Foram três tesouradas, todas fatais. Na época, a polícia não encontrou sinais de que a vítima tentou se defender.

Ainda assim, Robinho alegou que teve a impressão que a namorada estava tentando embebedá-lo naquele dia, que os dois começaram a discutir depois que Mayara excluiu uma conversa de Whatsapp. O réu lembrou ainda que ouviu da namorada que ela não pararia de fazer programas e também foi chamado de corno.

O júri sobre a morte de Mayara foi adiado por duas vezes. A primeira data era 19 de julho, mas um dias antes foi cancelado a pedido da defesa de Robinho, que alegou falta de intimação de uma testemunha imprescindível ao caso e também uma cirurgia no nariz, a qual foi submetido na semana em que o julgamento aconteceria.

Novo júri foi agendado para o dia 20 de setembro, mas novamente foi remarcada a pedido da defesa pelo mesmo motivo: a ausência de uma das testemunhas. Ao marcar o julgamento para essa quinta-feira, o juiz descobriu que a testemunha indicada estava descumprindo ordem judicial e também decretou a prisão dela.

Robinho está preso desde o dia 6 de novembro, quando se entregou na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) após 51 dias foragido.

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