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Capital

Ricos são os que mais desrespeitam no trânsito, diz comandante do Bptran

O Campo Grande News mostrou fila dupla e carros estacionados na calçada em frente à escola particular

Aline dos Santos | 21/07/2018 10:39
Fila dupla em frente de escola na rua Dona Joana. (Foto: Marina Pacheco)
Fila dupla em frente de escola na rua Dona Joana. (Foto: Marina Pacheco)

As imagens de filas duplas em frente às escolas particulares de Campo Grande indicam um abuso já constatado por quem atua na fiscalização. 

“Em especial, os de maior poder aquisitivo são os que mais desrespeitam as regras de trânsito. É certo que o campo-grandense que mais detém conhecimento é o que mais afronta as regras. A gente tem feito um combate incisivo. Em especial, nas escolas particulares, mais renomadas, a gente tem uma dificuldade muito grande. Além de dar mau exemplo ao filho, ele afronta o Estado”, afirma o comandante do Bptran (Batalhão de Trânsito da Policia Militar), tenente-coronel Franco Alan Amorim.

"Sabemos que a mudança de comportamento por via educacional se dá a médio e longo prazo", diz comandante do Batalhão de Trânsito. (Foto: Saul Schramm)
"Sabemos que a mudança de comportamento por via educacional se dá a médio e longo prazo", diz comandante do Batalhão de Trânsito. (Foto: Saul Schramm)

O Campo Grande News já mostrou várias vezes fila dupla e carros estacionados. Uma dessas vezes, o flagrante ocorreu na calçada na rua Dona Joana, em frente a colégio particular. No começo de junho, os estudantes chegaram a aplicar “multa moral” nos pais, mas as irregularidades continuam.

Conforme Amorim, o Bptran tem efetivo de cem pessoas, mas não são os únicos a fiscalizarem o trânsito em Campo Grande, atribuição compartilhada com Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Guarda Municipal e Detran (Departamento Estadual de Trânsito).

“Sabemos que a mudança de comportamento por via educacional se dá a médio e longo prazo. Então a gente tem que fiscalizar, não tem outra saída. Por mês, são mais de 800 veículos recolhidos ao pátio do Detran”, afirma.

Quanto aos motoristas que se sentem livre para cometer abusos no trânsito porque não avista uma autoridade de trânsito, a resposta é curta. “Isso é tao imoral que me recuso responder. O cidadão alegar que não respeita porque não tem fiscalização”, afirma.

Contudo, ele ainda acredita que o comportamento dos motoristas pode melhorar. “Tem melhorado. No caso da faixa de pedestre, o cidadão vai se acostumando a repeitá-la”, diz.

Chefe da Divisão de Educação para o Trânsito da Agetran, Ivanise Rotta relatou ao Campo Grande News que divide os infratores em dois grupos quando flagrados.

“95% fala que realmente tem que estacionar e caminhar até a porta da escola. Mas tem aqueles 5% que não ligam, mesmo quando são fiscalizados. Fala: quer multar? Multa. Isso que dói no bolso é equívoco. A pessoa tem carro de R$ 100 mil, R$ 70 mil e a multa vai ser baixíssima”, disse Ivanise, sobre o desafio de educar condutores.

Parar em fila dupla é infração grave, com multa de R$ 127 e cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

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