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Capital

Saneamento reduz em 77% custo com internações por diarreia na Capital

Paulo Nonato de Souza | 19/04/2017 11:58
Concessionária diz que já investiu R$ 1 bilhão nos sistema de água e esgoto em Campo Grande (Foto: Águas/Divulgação)
Concessionária diz que já investiu R$ 1 bilhão nos sistema de água e esgoto em Campo Grande (Foto: Águas/Divulgação)

Em vigor há dez anos, completados em 2017, a lei 11.445, batizada de Lei do Saneamento Básico, já apresenta resultados animadores no acesso da população de Campo Grande ao sistema de abastecimento de água potável e manejo de resíduos sólidos, diz a empresa Águas Guariroba, responsável pelos serviços de distribuição de água e de coleta e tratamento de esgoto na Capital, em levantamento divulgado nesta quarta-feira, 19.

Segundo os dados divulgados pela concessionária, baseados em estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em Campo Grande o acesso a água tratada já chega a mais de 99% da população e mais de 80% dos imóveis contam com o serviço de coleta e tratamento de esgoto.

Por conta disso, ressalta, nos últimos 12 anos o gasto com internações por diarreias na Capital, que antes era de R$ 48,3 milhões a cada 100 mil habitantes, caiu para R$ 10,7 milhões, uma redução de 77%, e o número de mortes no mesmo período, em decorrência do problema, teve queda de 65%. Já o índice de crianças hospitalizadas na rede pública de saúde com sintomas de diarreia caiu 23%.

Levantamento diz que em Campo Grande o acesso a água tratada já chega a mais de 99% da população (Foto: Águas/Divulgação)
Levantamento diz que em Campo Grande o acesso a água tratada já chega a mais de 99% da população (Foto: Águas/Divulgação)

Os índices divulgados mostram que em 2003 a taxa de internações na rede pública de saúde motivadas por diarreias era de 157 pessoas a cada 100 mil campo-grandenses, e esse número caiu para 13 pessoas na mesma faixa populacional, ou seja, queda de 91%.

Em nota, a concessionária anunciou que irá investir R$ 636 milhões para que Campo Grande tenha 100% da população atendida com rede de coleta e tratamento de esgoto até 2035. A empresa revela que investiu R$ 1 bilhão nos sistema de água e esgoto da cidade no período de 2006 e 2016.

Histórico – Quando a Lei 11.445 foi sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2007, apenas 42% da população brasileira era atendida por redes de esgoto. Até 2015, o índice aumentou 8,3 pontos percentuais, menos de um ponto percentual por ano. No setor de abastecimento de água, apesar de a abrangência ser bem superior à de esgoto, a evolução foi ainda mais lenta: passou de 80,9% em 2007 para 83,3% em 2015, um aumento de 2,4 pontos percentuais, e o índice de esgoto tratado passou de 32,5% para 42,7%.

No ranking das coberturas de água e esgoto por estados, segundo dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), referentes a 2015, Mato Grosso do Sul aparece com 86,1% em abastecimento de água e 42,7% em tratamento de esgoto.

Pelos índices do SNIS, apenas 50% dos brasileiros têm acesso à coleta de esgoto. Isso significa que mais de 100 milhões de pessoas utilizam medidas alternativas, como fossas, por exemplo, para o manejo de dejetos.

Com base em levantamento do Plansab (Plano Nacional de Saneamento Básico), o Instituto Trata Brasil prevê prazo de 20 anos, considerando o período entre 2015 a 2035, para apresentar um balanço da universalização do saneamento básico e da proteção dos recursos hídricos no país.

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