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Capital

Santa Casa nega recusa de pacientes e acusa diretor do Samu de "midiático"

Aline dos Santos | 27/05/2015 12:25
Wilson Teslenco classificou declarações de diretor do Samu como eleitoreiras. (Foto: Marcos Ermínio)
Wilson Teslenco classificou declarações de diretor do Samu como eleitoreiras. (Foto: Marcos Ermínio)

O dia 24 de maio, domingo em que a família de Angélica e Luciano Huck recebeu atendimento na Santa Casa de Campo Grande após acidente aéreo, motivou novo pronunciamento da direção do hospital nesta quarta-feira.

Mais uma vez, o diretor-presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco, rebateu declarações do coordenador do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Eduardo Cury, sobre a recusa de seis pacientes no dia em que a Santa Casa recebeu os globais.

“A posição do coordenador do Samu foi midiática, para aproveitar a oportunidade, e com caráter eleitoreiro”, afirma Teslenco, que concedeu entrevista coletiva hoje. Segundo ele, o Pronto-Socorro atendeu 157 pacientes no domingo. Até às 17 horas, 21 foram encaminhados por Samu, bombeiros e ambulâncias do interior.

De acordo com o diretor, não cabe ao hospital fazer a escolha dos pacientes, pois a distribuição dos caso é feito pela Central de Regulação. “De hora em hora o hospital informa sobre a ocupação, tipos de ocupação e o que está disponível. A decisão final é exclusiva do reguladores do município e do Estado”, afirma.

Ainda conforme a direção, a central tem autonomia para pedir vaga zero. Ou seja, o hospital recebe o paciente em estado grave e o atende conforme a possibilidade. Por exemplo, usa o ambú, respiração manual, em vez de respiradores.

Sobre ao atendimento ao casal de apresentadores globais e ao três filhos, Teslenco reafirmou que foi pelo SUS (Sistema Único de Saúde), com entrada pelo Pronto-Socorro, e que os procedimentos foram os mesmos adotados com o demais pacientes.

Ele afirma que a única diferença é que teve que retirá-los do local para “preservar a privacidade e restabelecer a ordem no Pronto-Socorro” diz. A família ficou no quinto andar. O hospital atendeu também as outras vítimas do acidente: duas babás, o copiloto e o piloto. Esse último foi levado para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e foi levado para a Santa Casa após pedido de Luciano Huck.

A família foi embora na noite de domingo e passou por exames em São Paulo. O casal teve alta na noite da última segunda-feira.

Celebridade – Coordenador do Samu, Eduardo Cury reafirmou hoje à reportagem que teve recusa de seis pacientes no domingo. “O Núcleo de Regulação da Santa Casa nega insistentemente que encaminhe pacientes para lá, recusa até das ambulâncias”, afirma.

Segundo Cury, o episódio revelou que o hospital não informou a existência de leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para transplante no quinto andar. “A bandeira da morte ninguém pode levantar, não posso assistir as pessoas morrerem e ficar quieto. Meu ato é ético, moral e ,antes de mais nada, humanitário. Indignado com a morte de uma pessoa que não é celebridade”, diz.

No domingo, Celina de Oliveira, 54 anos, morreu após ficar 18 horas na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Universitário esperando por uma vaga na UTI. Ela chegou a conseguir leito no HU (Hospital Universitário), mas não resistiu.

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