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Capital

Saúde faz devassa em hospital e descarta de vez suspeita de ebola

Lidiane Kober e Paula Maciulevicius | 14/10/2014 18:50

A mando do secretário estadual de Saúde, AntonioLastória, uma equipe de especialistas foi, nesta terça-feira (14), ao HU (Hospital Universitário) para realizar devassa e descobrir de onde partiu boato de suspeita de caso de ebola, em Campo Grande.

A diretora-geral de Vigilância de Saúde, Bernardete Lewandowski, comandou a equipe, formada ainda pela coordenadora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, Daniele Galindo Martins Tebet, e pela coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Larissa Domingues Castilho Arruda.

As especialistas olharam prontuário por prontuário, leito por leito e não encontraram nenhum paciente com a descrição de um estrangeiro nigeriano, que supostamente estaria com a doença. Mais cedo, Lastória já havia descartado a suspeita. “É uma insanidade esse boato, ainda mais neste momento de pânico, após um caso suspeito em Cascavel (PR)”, comentou.

Ainda de acordo com o secretário, já chegou aos seus ouvidos três versões do boato. “Primeiro, cogitaram o caso de um nigeriano, que teria vindo à Capital para trabalhar na obra do Aquário do Pantanal, depois, informaram que a vítima seria um participante da Volta das Nações e, agora, você me diz que a suposta vítima seria um missionário de Serra Leoa. O fato é que se tratam de três notícias equivocadas”, garantiu.

Lastória ainda assegurou que, em caso de suspeita, existe protocolo rígido de ações a serem tomadas. “Isso inclui a divulgação e medidas para isolar o doente”, frisou. “E se realmente tivesse uma vítima suspeita aqui, já estaria no Rio de Janeiro, porque, inclusive, há avião da FAB (Força Aérea Brasileira) só para transportar a pessoa”, explicou.

A doença – O ebola é causado por um vírus de mesmo nome e seu principal sintoma é a febre hemorrágica, que causa sangramentos em órgãos internos. A doença é grave e com uma taxa de letalidade de até 90%, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde).

A transmissão é pelo contato direto com o sangue, fluidos corporais e tecidos de animais ou pessoas infectadas. Pacientes gravemente doentes requerem tratamento de suporte intensivo. Oficialmente, o ebola já matou 4 mil pessoas no oeste da África

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