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Capital

Sem identificar mandante, Justiça leva a júri acusados de matar delegado

Lidiane Kober | 30/10/2014 15:52
Cristaldo é acusado de participar do crime e vai a júri pelo assassinato (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Cristaldo é acusado de participar do crime e vai a júri pelo assassinato (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Sem identificar o mandante, a Justiça leva a júri popular, no dia 4 de fevereiro de 2015, o guarda municipal José Moreira Freires e o segurança Antônio Benitez Cristaldo, acusados de executar, no dia 25 de junho do ano passado, o delegado aposentado e professor universitário, Paulo Magalhães, de 57 anos.

O júri foi marcado pelo titular da 2ª Vara do Tribunal de Campo Grande, juiz Aluízio Pereira dos Santos. Consta na denúncia por ele recebida que, “em princípio, os acusados agiram por motivo torpe e a mando de terceiras pessoas, bem como mediante recompensa e com recurso que dificultou a defesa da vítima”.

Em matéria publicada pelo Campo Grande News no dia 12 de dezembro de 2013, a polícia alegou que o mandante não foi identificado porque os suspeitos presos não contribuíram com as investigações.

O mistério se tornou ainda maior depois de o terceiro envolvido, Rafael Leonardo dos Santos, de 29 anos, ser encontrado morto sem cabeça, braços e pernas, próximo ao lixão na saída para Sidrolândia. A identificação do corpo foi feita por exame de DNA.

Ao mesmo tempo, Freires, que vai a júri popular em fevereiro, também é apontado como possível pistoleiro do Jogo do Bicho e informação extraoficiais indicam que a execução custou R$ 500 mil.

Paulo Magalhães era conhecido por denunciar promotores, juízes estaduais e “coisas que aconteciam no presídio federal”. A morte causou comoção social. Amparados por habeas corpus, os dois suspeitos respondem o processo em liberdade.

Atá agora, foram ouvidas 31 testemunhas em juízo e, caso não haja recurso da defesa, o julgamento está confirmado para fevereiro do próximo ano.

O crime - Paulo Maqalhães aguardava a filha sair da escola, a duas quadras da sua casa, na Rua Alagoas, Bairro Jardim dos Estados, área nobre de Campo Grande. Era por volta das 17h40 do dia 25 de junho de 2013.

Ele estava dentro do seu jipe, quando o bandido chegou de moto atirou ao menos seis vezes. As balas quebraram o vidro do automóvel e acertaram o tórax e a cabeça de Paulo Magalhães. Uma das balas entrou pelo pescoço e saiu pelo crânio, causando morte instantânea.

Durante o processo, a Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) apurou a participação de homens do Setor de Inteligência da Polícia Militar. A pistola calibre nove milímetros de uso restrito usada no crime seria de um preso.

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