ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 29º

Capital

Sem salário, ortopedistas reduzem atendimento a partir de domingo na Santa Casa

Médicos de trauma não recebem pagamento integral desde abril e resolveram restringir serviços apenas à urgência e emergência

Lucia Morel | 18/09/2020 18:39
Maior hospital do Estado amarga dias de penúria. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Maior hospital do Estado amarga dias de penúria. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Os problemas parecem só aumentar, e não bastasse a superlotação diante da pandemia do novo coronavírus, mais uma vez, a Santa Casa deve reduzir atendimentos, mas agora por parte dos médicos ortopedistas, que estão se receber salário desde abril.

Em comunicado ao hospital, e também encaminhado ao Sindicato dos Médicos e aos Conselho Regional de Medicina, os profissionais ressaltam que querem receber os pagamentos e que diante do atraso, vão ,manter, a partir de domingo, 20, apenas os atendimentos de urgência e emergência.

“O Grupo de Médicos Autônomos da Ortopedia do Centro Cirúrgico decidiu que a partir do dia 20/09/2020 atenderão somente os casos de Urgência e Emergência, caso a situação não seja regularizada”. O documento é assinado pelo chefe do setor, Fernando Nunes Matos.

Segundo ele, ficam comprometidas as entradas de novos pacientes traumatizados que não sejam pelo Pronto Socorro e as cirurgias “eletivas e cirurgias fechadas estáveis, que aguardarão resolução do impasse”, disse.

Em contato com o hospital, foi informado que hoje, a categoria recebeu parte do pagamento, mas não foi informado o valor. A assessoria disse que somente na segunda-feira poderia passar mais detalhes.

Confirmando a informação com o chefe da ortopedia da Santa Casa, ele disse que de fato houve uma pagamento, mas “ínfimo”, sendo que os médicos comentaram terem recebido valores entre R$ 120 e R$ 500 apenas.

O Campo Grande News já relatou o problema na ortopedia do hospital aqui e aqui. Mas em ano de pandemia, a instituição já entrou em colapso, precisou manter a respiração de pacientes com ambu e alega falta de medicamentos e insumos diante da alteração do perfil de seus pacientes depois da covid-19.

Além disso, responde na Justiça, ações por atraso no pagamento de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Nos siga no Google Notícias