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Capital

Semáforo reivindicado após morte de motociclista segue sem prazo

Instalação do equipamento depende de estudo técnico, conforme a prefeitura

Por Gustavo Bonotto | 12/05/2025 20:48
Semáforo reivindicado após morte de motociclista segue sem prazo
Os vereadores Wilson Lands (Avante), Wilton Celeste Candelorio, o “Leinha” (Avante), Jean Ferreira (PT), e do ex-vereador e atual representante da Secretaria Municipal de Articulação Regional, Marcos Alex Azevedo de Melo, durante reunião com moradores do Los Angeles. (Foto: Juliano Almeida)

Uma semana após a morte da motociclista Aline Cândida, de 25 anos, no Jardim Los Angeles, vereadores e representantes da prefeitura participaram de reunião no bairro e prometeram medidas emergenciais no local do acidente. A principal reivindicação da comunidade, a instalação de um semáforo, ainda depende de estudo técnico e segue sem prazo.

O encontro ocorreu nesta segunda-feira (12) na base da Polícia Militar e contou com a presença dos vereadores Wilson Lands (Avante), Wilton Celeste Candelorio, o “Leinha” (Avante), Jean Ferreira (PT), e do ex-vereador e atual representante da Secretaria Municipal de Articulação Regional, Marcos Alex Azevedo de Melo.

Segundo os parlamentares, até sexta-feira (16) será realizada operação tapa-buracos no bairro. Também foi prometida sinalização emergencial no cruzamento da Rua Engenheiro Paulo Frontin com a Avenida dos Cafezais, trecho onde Aline derrapou em uma rua coberta de areia e foi atropelada por um ônibus.

Semáforo reivindicado após morte de motociclista segue sem prazo
Moradores foram ouvidos por parlamentares, que afirmaram questionar prazo estipulado pela prefeitura. (Foto: Juliano Almeida)

Durante a reunião, os vereadores reconheceram a urgência da situação. “Entendemos o clamor dos moradores. Vamos cobrar a implantação dessas medidas e garantir uma resposta rápida”, disse Leinha. Já Jean reforçou que a sinalização semafórica não pode ser feita de imediato: “A Agetran nos informou que há impedimento legal para o semáforo neste momento, mas vamos convocar a diretora para que ela venha explicar pessoalmente isso à comunidade.”

Segundo o secretário Marcos Alex, representante da prefeitura, a intenção é evitar novas tragédias. “Não vamos mentir dizendo que o semáforo será implantado agora, porque depende de estudo técnico. Mas vamos continuar cobrando. A comunidade merece uma resposta concreta”, declarou.

Trabalhos temporários - De acordo com o presidente da associação de moradores, José Carlos Pereira, estão previstas a instalação de dois quebra-molas, um redutor sonoro, uma faixa de pedestre e sinalizações horizontal e vertical. “As intervenções foram discutidas com a Agetran como medidas emergenciais”, afirmou.

Semáforo reivindicado após morte de motociclista segue sem prazo
O presidente da Associação dos Moradores, José Carlos Pereira, durante encontro com vereadores. (Foto: Juliano Almeida)

Além das medidas emergenciais, os parlamentares prometeram apoiar a criação de uma comissão de moradores que pretende acompanhar as cobranças por infraestrutura diretamente com as secretarias municipais. “Essa junção de forças nunca foi vista no Los Angeles”, avaliou o presidente da associação.

O presidente da associação também criticou a demora em atender demandas antigas da região. “Não poderíamos esperar seis meses por um semáforo. É um paliativo, mas estamos caminhando para resolver os problemas da região”, finalizou José Carlos.

Entenda o caso - Motociclista de 25 anos morreu depois de cair em monte de areia e ser atropelada por um ônibus, na última segunda (5). Câmera de segurança registrou o atropelamento. As imagens mostram que a jovem, identificada como Aline, seguia sozinha na moto e fez a conversão à esquerda para acessar a Avenida dos Cafezais. Contudo, assim que virou, a moto escorregou no monte de areia na via.

O condutor do ônibus não percebeu a queda da motociclista e fez a conversão para acessar a Engenheiro Paulo Frontin, passando por cima da vítima. Apesar de o socorro ter sido acionado, Aline não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Equipes das Polícias Civil e Militar, perícia e funerária estiveram no local.

O trecho está tomado por areia após as chuvas dos últimos dias e é palco de constantes acidentes. "Se pelo menos cuidasse de limpar as vias, não tinha esse problema. A chuva traz areia e fica isso aí. Quem perde é a gente", diz o morador do bairro, Juscélio Santos Andrade, de 49 anos.

"A via é muito movimentada e não tem sinalização. As chuvas trazem areia porque as outras vias não são asfaltadas. Enquanto não tira, o pessoal cai, os ciclistas caem, os motociclistas principalmente caem muito", diz a comerciante Jackeline Nunes, de 40 anos.

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