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Capital

Sesau realiza 3º mutirão e moradores temem outra epidemia de dengue

Filipe Prado | 28/04/2014 16:10
Os agentes observaram que a maioria dos focos foram encontrados em residências (Foto: Marcelo Victor)
Os agentes observaram que a maioria dos focos foram encontrados em residências (Foto: Marcelo Victor)

Com 3º mutirão em 2014, a Sesau (Secretaria de Saúde Pública) intensificou a fiscalização na área central de Campo Grande para conter alto índice de focos de dengue em residências. Mesmo com epidemia controlada, moradores temem uma nova infestação na cidade e alertam para a grande quantidade de terrenos baldios na Capital.

De acordo com a agente de saúde Cristina Zeladia, 53 anos, desde janeiro eles fazem mutirões para conter os focos. “Nós fazemos de acordo com os resultados do LIRAa (Levantamento Rápido do Índice por Aedes aegypti) e percebemos que há altos índices de focos, mesmo que a dengue esteja controlada”, explicou.

Ela salientou que a maioria dos focos é encontrada em residências. “Estamos achando mais nas casas do que em terrenos abandonados. As pessoas não estão cuidando”, frisou a agente. Cristina afirmou que as pessoas sabem os métodos para conter os focos, mas não colocam em práticas.

A autônoma Patrícia Ferreira, 38, disse que a culpa das infestações na Vila Glória são dos terrenos baldios e casas abandonadas. “Minha mãe e meu marido já pegaram dengue, por conta de um terreno que tem do lado da minha da casa. Já pedimos para eles abrirem, que iríamos limpar, mas não fizeram nada”, relatou.

Os moradores relataram que tem medo de outro epidemia na cidade (Foto: Marcelo Victor)
Os moradores relataram que tem medo de outro epidemia na cidade (Foto: Marcelo Victor)
Patrícia disse que nos terrenos baldios do bairro são encontrados focos do mosquito (Foto: Marcelo Victor)
Patrícia disse que nos terrenos baldios do bairro são encontrados focos do mosquito (Foto: Marcelo Victor)

“Muitas vezes nós passamos veneno, para conter os mosquitos”, admitiu a auxiliar de escritório, Andréa Pessoa de Oliveira, 30. Ela disse que há um terreno baldio, ao lado do escritório onde ela trabalha, que possui vários focos do mosquito. “A pessoa precisa tomar consciência e limpar os terrenos”, observou.

Um morador, que não quis se identificar, relatou que o problema do bairro são os terrenos abandonados. “Esse é um dos problemas. A família toda já pegou dengue e isso tudo contribuiu”. Ela afirmou que a tendência é que os haja uma nova epidemia na cidade.

“Se não cuidar, nós iremos correr o mesmo risco de outro epidemia”, finalizou a dona de casa Marilene Angela de Jesus, 46.

No geral, a situação é considerada sob controle, já que não há epidemia e o número de casos despencou de 46,6 mil no ano passado para 1.587 de janeiro até março. O número de óbitos passou de 12, em 2013, para nenhum este ano na Capital. No interiro, foram confirmadas três  mortes neste ano.

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