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Capital

Sesau traz aparelho de SP que faz exame menos nocivo em pacientes hepáticos

Alan Diógenes | 14/04/2015 19:43
Exame menos nocivo a saúde do paciente é semelhante a ultrassom. (Foto: Alcides Neto)
Exame menos nocivo a saúde do paciente é semelhante a ultrassom. (Foto: Alcides Neto)
Lecir disse que a biopsia deixava corpo dolorido. (Foto: Alcides Neto)
Lecir disse que a biopsia deixava corpo dolorido. (Foto: Alcides Neto)

Com o apoio da ABPH (Associação Brasileira der Portadores de Hepatite), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) trouxe uma equipamento inédito em Mato Grosso do Sul para substituir o exame de biopsia nos pacientes com a doença. A máquina vinda do Estado de São Paulo realiza um exame menos nocivo, semelhante a um ultrassom.

Conforme a médica infectologista Andrea Linderberg, diretora técnica do Cedip (Centro de Doenças Infecto Parasitarias do CRS (Centro Regional de Saúde) do Bairro Nova Bahia, 70 portadores da doença de todo o Estado foram convidados a fazer o exame denominado Fibroscam. “Esse aparelho não existe nem na rede pública e nem na privada em MS. Ele realiza um exame superficial, sem precisar retirar o tecido do fígado do paciente para análise”, explicou.

Além deste exame realizado por um médico também vindo de São Paulo, o teste rápido para a pessoa saber se tem hepatite também foi realizado na tarde desta terça-feira (14). O teste dura 15 minutos e é necessário apenas um furo no dedo para a coleta de sangue. O exame com o máquina também dura o mesmo tempo.

Segundo a médica, apenas 30% da população não possui fatores de risco para contrair a doenças. “São pessoas que não usam drogas com seringas, não fizeram transfusão de sangue, não tem tatuagem ou piercing, entre outros fatores. O problema é que a maioria das pessoas não sabem que tem a doença, por isso a importância de fazer o exame, por que o quanto antes descoberta, melhor será o tratamento da doença”, comentou Andrea.

A cabeleireira Lecir Rodrigues de Jesus, 65, trabalhava em um centro cirúrgico e tinha contato com seringas e equipamentos cortantes. Ela acredita que pode ser aí que contraiu a doença, ou através de uma transfusão de sangue que fez, ou em visitas ao dentista. “Há 3 anos comecei a sentir dor na junta, na articulação, cansaço e procurei um reumatologista, foi aí que descobri. Vim para fazer este exame inédito que não causa dor, por que a biopsia normal deixa o corpo dolorido como se tivesse feito uma cirurgia”, destacou.

A psicóloga Gladis Sunilda, 50, teve Hepatite há cinco anos. Fez dois tratamentos e só conseguiu curar com remédios no segundo. “Não cheguei a fazer a biopsia por que minhas plaquetas estavam baixas e corria risco de haver hemorragia. Hoje vou fazer o exame para saber se estou curada mesmo, vale a pena tirar esse peso da consciência”, finalizou.

Gladis já teve hepatite, mas foi fazer exame para confirmar se está curada. (Foto: Alcides Neto)
Gladis já teve hepatite, mas foi fazer exame para confirmar se está curada. (Foto: Alcides Neto)
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