Sesau vai usar convênio com Apae na importação de remédio para menina
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informa que vai utilizar, por meio de compra direta, convênio de importação da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) para atender a menina Ana Eloíza, 6 anos, que está há três meses sem o medicamento Proglycem.
Conforme nota da assessoria de imprensa, o processo está em andamento e a expectativa é fornecer o medicamento “o mais rápido possível”. Contudo, não há previsão de chegada do remédio.
A situação da criança foi mostrada pelo Campo Grande News na última segunda-feira, dia 8. Segundo Célia Eduar Alcântara, 40 anos, mãe da menina, Ana tem um problema no pâncreas e o medicamento controla o inchaço. Sem o remédio, essencial em sua vida desde os 2 meses, a menina incha.
A mãe, que mora no Jardim Aero Rancho, em Campo Grande, relata que há três meses procura a Casa da Saúde e a Defensoria Pública da União em busca do medicamento.
Em 2010, a Justiça Federal determinou fornecimento do remédio. À época, o custo do tratamento era R$ 12 mil. No processo, o governo do Estado informou que forneceu medicamento suficiente até 4 de maio de 2015. A partir de junho, a responsabilidade seria da prefeitura de Campo Grande.
De acordo com a Defensoria Pública da União, desde dezembro de 2014 já foram seis pedidos para o juiz alertando quanto a descumprimento. Os documentos são enviados quando o fornecimento é interrompido ou não vem em quantidade suficiente. Agora, um sétimo pedido seria apresentado.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da SES (Secretaria Estadual de Saúde), mas não obteve resposta.