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Capital

Só Capital cresceu em taxa de mortes e casos confirmados durante a semana em MS

Em sete dias, 21 pessoas morreram vítimas da doença na Capital e a cidade teve 1868 infectados a mais

Ângela Kempfer | 18/07/2020 11:56
Hoje comércio amanheceu fechado, como nova medida para os fins de semana, contra a covid-19. (Foto: Henrique Kawaminami)
Hoje comércio amanheceu fechado, como nova medida para os fins de semana, contra a covid-19. (Foto: Henrique Kawaminami)

A semana que acaba é a 29ª monitorada desde o início da pandemia em Mato Grosso do Sul e a pior para a população de Campo Grande. Os últimos 7 dias mostraram a força da covid-19, principalmente, na Capital.

A cidade passa a ser considerada a de maior preocupação no que diz respeito ao controle da doença, não só pelos números de contaminados, mas pela operação no limite de vagas de UTI, com 81% de leitos ocupados.

Desde o domingo passado, o município registrou 21 mortes e 1.868 infectados a mais que na semana anterior. Hoje, novamente a cidade supera as demais em quantidade de óbitos nas últimas 24 horas no Estado. São 6 mortes recentes.

A vítima mais nova na Capital tinha 41 anos, uma mulher com diabetes e doença cardiovascular, que faleceu no mesmo dia que deu entrada em unidade de saúde. O mesmo ocorreu com a vítima mais velha, um senhor de 100 anos que não resistiu e morreu no dia 16 de julho.

Outras 3 mortes são de um homem de 62, outro de 63 e um de 86 anos, todos com diabetes ou doença cardiovascular crônica.  Apenas uma senhora, de 87 anos, faleceu sem nenhuma comorbidade relatada.

No total, o município soma 59 sepultamentos por covid desde o início da pandemia.

Depois de ficar mais de 20 dias sem registros de mortes, nas 3 últimas semanas os números fatais sobem exponencialmente na Capital. Foram 14 vítimas na 27ª semana epidemiológica, 16 na 28ª e agora as 21 da 29ª semana de monitoramento.

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Na comparação com outras 3 macrorregiões, fica claro que Campo Grande caminha para ser o novo epicentro do coronavírus no Estado. Apenas a Capital mostra crescimento no ritmo de contágio.

"É porque a taxa de isolamento é sofrível", lembra o secretário de Saúde do Estado, Geraldo Resende, lembrando que atualmente a cidade está com "bandeira preta", indicando o maior risco em proliferação do coronavírus.

O dado ainda inferior as outras cidades que enfrentaram surtos no início da pandemia é a taxa de letalidade, em 1%, abaixo ainda da média estadual, que é de 1,3%.

Mas no quesito vagas em UTIs, a macrorregião é líder disparada. Na taxo global, 81% dos leitos já estão ocupados Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, até ontem 99 pessoas estavam em Unidades de Terapia Intensiva, dentre 209 hospitalizados no total.

Mapa de bairros com casos registrados da covid-19. (Fonte: Sisgran)
Mapa de bairros com casos registrados da covid-19. (Fonte: Sisgran)

Testagem - A cidade aumentou consideravelmente a testagem e nesta semana anunciou mais 7,5 mil kits para exames em postos de saúde. Mas o que chama atenção é a diferença de positividade entre dois pontos de testagem na Capital.

No drive-thru montado no quartel do Corpo de bombeiros, só 4,4% dos testes feitos tem resultado positivo. Na unidade inaugurada na sexta-feira passada, na Escola Estadual Lúcia Martins Coelho, esse índice mais que dobra, são 10,6% de resultados positivos.

Em relação ao perfil dos infectados na cidade, a maioria tem entre 30 e 39 anos,

A Capital também é recordista em profissionais da saúde infectados: 637, dos quais 74% são mulheres.

Veja nos gráficos o avanço de infectados por semana em Campo Grande, em comparação, inclusive, com Dourados, até agora considerada a macrorregião de maior proliferação do vírus:

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