ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JUNHO, TERÇA  10    CAMPO GRANDE 12º

Capital

Sob suspeita de esquizofrenia, criança depende de doações para fazer exames

Carlinha sofre de doença mental ainda não diagnosticada e tem surtos frequentes; "vaquinha" pede doação de R$ 6 mil

Lucia Morel e Aletheya Alves | 09/10/2020 18:25
Sob suspeita de esquizofrenia, criança depende de doações para fazer exames
Avós pedem ajuda para conseguir fazer ressonância na neta. (Foto: Kísie Ainoã)

Sem diagnóstico preciso e sem conseguir fazer exames necessários para isso, a pequena Carla Beatriz Ribeiro França, de 10 anos, depende de remédios fortes e muita superação da família para tentar levar uma vida “normal”.

A suspeita é que a menina tenha esquizofrenia, mas não há certeza. Segundo a família, há necessidade de uma ressonância e alguns outros exames para definir o diagnóstico e começar um tratamento eficaz, já que as medicações usadas até agora são apenas paliativas e para evitar possíveis surtos.

A primeira crise convulsiva teria ocorrido há uns cinco anos segundo a avó, Aparecida Ribeiro França, 63. “Ela teve a primeira crise tem mais ou menos cinco anos e há três a gente tenta cuidar. Os surtos são direto. Ela tá sentada e do nada começa a gritar, rir muito”, revela, com tristeza e cansaço.

Ela cuida junto com o marido tanto da neta, quanto da mãe dela, que tem 37 anos e também problemas mentais. As duas frequentam a Escola Especial Colibri, no bairro Santo Amaro. Mas com a pandemia, as atividades estão suspensas, e mãe e filha ficam em casa, sem cuidados especiais.

“Tem que ficar de olho para cuidar dela, come muito também. Tem dia que ela tá bem, mas aí começa a chorar e não sabe dizer o que está acontecendo”, conta a avó sobre a  neta.

A família sobrevive do salário do LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social) e da aposentadoria do avô, por isso um parente, o aposentado Sílvio Ribeiro, 51 anos, resolveu fazer uma vaquinha online para tentar arrecadar R$ 6 mil para que Carlinha, como é chamada, possa fazer o exames que precisa.

Sob suspeita de esquizofrenia, criança depende de doações para fazer exames
Com crises constantes, Carlinha precisa de diagnóstico correto para poder tomar remédios adequados. (Foto: Kísie Ainoã)

“Tem mais de três anos que ela tenta uma ressonância de crânio, depois que ficou 20 e tanto dias internada no Regional com uma crise convulsiva. Saiu de lá com esse pedido e o SUS só manda de volta, na ouvidoria diz que o pedido foi devolvido. Outra médica se interessa, manda e é devolvido. A cada dois meses eu ligo, e nada”, conta Sílvio, que é sobrinho de Aparecida.

Segundo ele, o pedido de R$ 6 mil se baseia em uma cotação que fez em algumas clínicas sobre o valor de uma ressonância com sedação, que ficaria em torno de R$ 2,5 mil. Os demais exames - eletrocardiograma e ultrassom - são mais baratos, mas o valor ajudaria a fazê-los também. O que sobrasse, seria para ajudar a família mesmo tanto em transporte quanto na compra de remédios que nem sempre estão disponíveis nos postos de saúde.

“Coloquei R$ 6 mil na vaquinha porque tem as taxas de desconto. Se a gente conseguir a vakinha com R$ 3,5 mil líquido, ótimo. Se vier R$ 5 mil, R$ 6 mil, ótimo porque ela precisa às vezes comprar remédios e transporte”, informa, lembrando que em algumas crises, a menina tira a roupa onde estiver e a avó precisa de dinheiro pra um transporte por aplicativo, por exemplo.

Sílvio diz ainda que entre os remédios que a menina toma há os que são indicados para esquizofrenia e ansiedade, mesmo não havendo um diagnóstico preciso.

Quem quiser e puder ajudar, acesse aqui.

Resposta - A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou sobre o caso da Carlinha que “há um pedido para ressonância magnética com sedação, onde não há prestador cadastrado na rede municipal.”.

Já sobre os demais exames necessários - ecocardiograma infantil, nefrologia Pediátrica e ultrassom pélvica -, “a Sesau está aguardando a abertura de vaga para o agendamento dos exames.”

Nos siga no Google Notícias