ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, TERÇA  07    CAMPO GRANDE 32º

Capital

Suplemento com 55 páginas de multas alerta OAB para debate sobre radar

"Os radares têm de ter a finalidade pedagógica e não incentivar ou estimular arrecadação de tributos e, com isso, favorecer a indústria da multa”, diz presidente da OAB

Aline dos Santos | 04/04/2019 18:47
Radar na avenida Afonso Pena, próximo ao Shopping Campo Grande. (Foto: Kisie Ainoã)
Radar na avenida Afonso Pena, próximo ao Shopping Campo Grande. (Foto: Kisie Ainoã)

A instalação de novos radares em Campo Grande e nas rodovias do Estado será analisada pela OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil), que recebeu reclamações, inclusive alertando para um suplemento com 55 páginas de multas divulgadas ontem (dia 3) pela prefeitura da Capital.

Segundo a entidade, a publicação é “inusitada e traz questionamentos”. O documento da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) torna pública a relação de multas cadastradas (autuações) no período de 11/03/2019 a 20/03/2019, notifica os proprietários de veículos que terão prazo de quinze dias a contar da data da publicação, para oferecer defesa de autuação ou informar condutor infrator.

Consulta ao suplemento mostra a data de infração das 12 mil multas, sendo quatro de dezembro de 2018 e as demais entre janeiro e março. 

“A Ordem dos Advogados do Brasil cumprindo o seu papel estatutário e constitucional vai analisar tanto a legalidade quanto da viabilidade dessas novas instalações. Os radares têm de ter a finalidade pedagógica e não incentivar ou estimular arrecadação de tributos e, com isso, favorecer a indústria da multa”, afirma o presidente da OAB/MS Mansour Elias Karmouche.

De acordo com o presidente da Comissão Especial de Mobilidade Urbana, Nilson Castela, foi relatada suposta instalação de radar em uma curva da BR-262, nas imediações de Corumbá.

“O equipamento, se existente, pode ser objeto de questionamentos sobre a periculosidade, visto que devido ao ponto de colocação pode gerar efeito inverso ao pretendido, causando acidentes de trânsito”, diz.

Nos siga no Google Notícias