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Capital

Suspeita de matar marido troca de advogado e não se apresenta à polícia

Zenilda disse que ía se entregar à polícia na tarde de hoje (23)

Bianca Bianchi | 23/03/2016 19:22
Zenilda não compareceu à 4ª Delegacia de Polícia de Campo Grande nesta quarta-feira (Foto: Bianca Bianchi)
Zenilda não compareceu à 4ª Delegacia de Polícia de Campo Grande nesta quarta-feira (Foto: Bianca Bianchi)

Com depoimento marcado para as 14h desta quarta-feira (23), Zenilda Batista da Silva, 39 anos, não compareceu à 4ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, localizada no bairro Moreninha II. A mulher é suspeita de ter matado o marido Ogremar Teodoro, 55, com um tiro de espingarda em uma carvoaria na noite de domingo (20). Testemunhas acreditam que a mulher reagiu às constantes agressões que sofria do esposo.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Célia Maria Bezerra da Silva, no horário combinado, dois advogados da mulher foram até a delegacia esperá-la. Como ela não apareceu, ligaram para a cliente. Quem atendeu foi uma mulher que disse ser a patroa dela e informou que os dois homens estavam liberados pois a suspeita havia contratado outro advogado.

Apesar de a mulher não ter comparecido hoje, a delegada afirmou que não pretende emitir mandado de prisão preventiva, pois a suspeita tem colaborado com a investigação, mantendo contato com a polícia praticamente todos os dias desde o crime. No entanto, espera o depoimento da mulher para encerrar o inquérito.

"Até o momento, já ouvimos os filhos, alguns outros familiares e colegas de trabalho, mas tem algumas perguntas que somente ela pode responder, por exemplo, de quem era a arma usada no crime e por que ela nunca registrou boletim de ocorrência das agressões que sofria", comentou a delegada.

Durante as diligências no local do crime, a perícia encontrou uma espingarda calibre 32, que foi recolhida. A polícia suspeita que a arma seja do próprio Ogremar.

Crime - Ogremar Teodoro foi morto com um tiro de espingarda que atingiu o tórax por volta das 21h do domingo. Testemunhas afirmaram não terem visto o crime, mas que ouviram disparo de arma de fogo. Zenilda teria fugido do local com a ajuda de um dos filhos, identificado apenas como David.

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