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Capital

Tenente-coronel matou marido por legítima defesa, conclui investigação

Viviane Oliveira | 01/12/2016 07:25
Tenente-coronel em uma das fotos que posa ao lado de Vadeni (Reprodução/Facebook).
Tenente-coronel em uma das fotos que posa ao lado de Vadeni (Reprodução/Facebook).

A Polícia Civil encerrou inquérito sobre a morte do major Valdeni Lopes Nogueira, 47 anos, e concluiu que a tenente-coronel Itamara Romeiro Nogueira, 47 anos, ambos da Polícia Militar, cometeu o crime por legítima defesa. O inquérito contendo 323 folhas foi encaminhado ao Poder Judiciário.

Conforme o delegado Cláudio Graziani Zotto, da 7ª delegacia, durante as investigações foram colhidos depoimentos de familiares, amigos, vizinhos, profissionais da PM e dos técnicos que socorreram Valdeni.

No entendimento do delegado, após elementos coletados, realização da reprodução simulada e juntado todos os laudos, os fatos se deram como narrados pela tenente-coronel, ou seja, por legitima defesa. O crime ocorreu no dia 12 de julho deste ano, na casa do casal, na Rua Brasil Central, no Jardim Santo Antônio. Itamara responde pelo assassinato do marido em liberdade, desde o dia 19 de julho.

Movimentação na casa do casal no dia em que ocorreu o crime (Foto: Alcides Neto)
Movimentação na casa do casal no dia em que ocorreu o crime (Foto: Alcides Neto)

Caso - A tenente-coronel matou o marido com dois tiros, depois de uma discussão. Valdeni chegou a ser socorrido, mas morreu na Santa Casa. A policial afirmou à Justiça que foi vítima de violência doméstica que já ocorria há tempos. Em depoimento, Itamara relatou que foi agredida com socos e tapas, ameaçada de morte pelo marido e agiu em legítima defesa.

Conforme o advogado de defesa da tenente, José Roberto Rosa, as discussões seguidas de agressões se intensificaram nos últimos meses e, no dia do crime, o motivo da desavença entre o casal foi uma viagem que eles fariam na madrugada para o Nordeste. A família do major contesta a tese de legítima defesa.

Em uma das entrevistas concedidas ao Campo Grande News, Valdeci Alves Nogueira, irmão da vítima, disse que iria aguardar o encerramento do inquérito, para depois tomar as atitudes necessárias. “É claro que nós vamos questionar juridicamente contra a liberdade dela e contra tudo que pudermos. É uma questão de justiça”. 

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