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Capital

Tenente-coronel que matou marido presta depoimento a Corregedoria

Marta Ferreira e Guilherme Henri | 09/10/2017 10:19
Depoimento ocorre na sede da Corregedoria da PM, no bairro Santo Fé. (Foto: Marina Pacheco)
Depoimento ocorre na sede da Corregedoria da PM, no bairro Santo Fé. (Foto: Marina Pacheco)

A tenente-coronel Itamara Romeiro Nogueira, 41 anos, presta, na manhã desta segunda-feira, o primeiro depoimento ao Conselho de Justificação da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, que vai definir se ela será punida, mais de ano depois de matar o marido, o major da corporação Valdeni Lopes Nogueira, 47 anos. O processo foi instaurado no dia 11 de setembro deste ano.

O corregedor-geral da PM, coronel José Gomes Braga, explicou que, neste primeiro depoimento, a oficial será indagada sobre as circunstâncias do crime, no dia 12 de julho do ano passado, e também sobre sua vida pregressa na corporação. O conselho é formado por três oficiais, todos com patente acima da tenente-coronel. A regra estabelece que dois deles sejam de unidades distintas da que ela atuava. A oficial estava lotada no Tribunal de Justiça.

De acordo com o corregedor, são três possibilidades finais: que a tenente-coronel fique sem punição, que ela seja excluída ou ainda reformada, ou seja, enviada para a reserva da Corporação, com os vencimentos mantidos.

Processo judicial – Na Justiça, o caso teve a primeira audiência realizada um ano e três meses após o crime, no dia 3 de outubro. A tenente-coronel pediu para não participar, o que foi acatado.
Foram ouvidas as testemunhas de acusação do MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Agora, falta a audiência para ouvir as testemunhas de defesa.

O crime - Na tarde de 12 de julho de 2016, o casal estava discutindo em casa, no bairro Santo Antônio, e por volta das 16h30 a mulher efetuou disparos contra o marido. Com a chegada da PM, Itamara se trancou na residência e se negou a entregar a arma, mas confessou o crime.

A oficial afirmou à Justiça que foi vítima de violência doméstica, que já ocorria há tempos, e desta vez, agredida com socos e tapas, teria sido ameaçada de morte pelo marido e agiu em legítima defesa.

Na denúncia, o MP aponta que a tese de legítima defesa não está suficientemente comprovada no contexto de provas e que não houve apreensão de arma próxima à vítima. Para a promotoria, a denunciada poderia ter direcionado os tiros para região menos letal.

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