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Capital

Tio e sobrinhos foram para casa dormir após matar vítima apedrejada

Os três foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima

Viviane Oliveira e Bruna Kaspary | 18/04/2018 11:18
Tio e sobrinhos durante julgamento que ocorreu nesta quarta-feira no Tribunal do Júri (Foto: Bruna Kaspary)
Tio e sobrinhos durante julgamento que ocorreu nesta quarta-feira no Tribunal do Júri (Foto: Bruna Kaspary)

Em depoimento marcado por contradições, Aldo da Silva Paim e os dois sobrinhos dele, Maikon William Paim e Thierry Fernando Paim de Castro, que estão sendo julgados nesta quarta-feira pela morte de Rosinaldo Sérgio de Campos, 33 anos, disseram que após o crime foram para a casa dormir.

O fato foi na madrugada do dia 11 de junho do ano passado, no cruzamento da Rua Santa Mônica com a Avenida São Nicolau, na Vila Santa Luzia, em Campo Grande. Rosinaldo, conhecido pelo apelido de Madrugada, era dependente químico e foi apedrejado e espancado até a morte.

Conforme a denúncia, o crime aconteceu porque Rosinaldo comprou de Thierry uma arma de brinquedo por R$ 650 e não havia quitado a dívida. Os réus negam que o motivo seja esse e afirmam que a vítima tentou roubar Aldo e o ameaçou de morte.

Thierry e a vítima se conheciam de data anterior. Os dois haviam cometido assalto juntos. Aldo foi o primeiro a ser interrogado disse que no dia do crime saía de uma tacabaria, quando encontrou a vítima que lhe pediu um goró (se referindo a bebida alcoólica) e na sequência, armado com uma faca, anunciou assalto. O tio e os sobrinho se contradizem em vários momentos do depoimento. Eles não souberam explicar, por exemplo, se estavam juntos na tabacaria ou se encontraram depois.

Thierry contou que a intenção não era matar, mas a vítima estava alterada sob efeito de álcool e drogas. Com medo, ainda conforme depoimento de Thierry, os três passaram a agredir Rosinaldo. “A nossa intenção não era matar”, completa Maikon. Depois do crime, tio e sobrinhos foram para a casa dormir.

A vítima, que foi atingida com pelo menos 17 pedradas, foi localizada morta com vários ferimentos no rosto. Na calçada, próximo ao corpo, havia várias pedras. Testemunhas relataram na época à polícia, que Rosinaldo era conhecido na região por ser usuário de drogas. Ele fazia bicos como pedreiro. Toda a agressão foi filmada pela câmera de vigilância de um comércio próximo ao local. Os três foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. O resultado do julgamento deve sair no período da tarde. 

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