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Capital

Tiroteio em tabacaria assustou vizinhança: “Foi uma gritaria e um corre-corre”

Caso aconteceu nesta madrugada, no cruzamento das ruas Engenheiro Alírio de Matos com a José Paes de Faria

Viviane Oliveira e Bruna Marques | 21/02/2022 12:15
Tiroteio em tabacaria assustou vizinhança: “Foi uma gritaria e um corre-corre”
Estruturas quebradas durante a confusão que teve tiro e atropelamento de uma mulher. (Foto: Marcos Maluf)

Confusão com tiroteio na Tabacaria Santa Adega, localizada no cruzamento das ruas Engenheiro Alírio de Matos com a José Paes de Faria, na Vila Jacy, em Campo Grande, assustou a vizinhança, na madrugada desta segunda-feira (21). “Foi uma gritaria e um corre-corre”, disse a empresária Luzia Pessoa da Silva, 50 anos, que mora próximo ao local.

Conforme boletim de ocorrência, a Polícia Civil foi acionada às 4h46 para atender ocorrência de trocas de tiros em frente ao estabelecimento comercial. Na rua, foram encontrados pelos peritos onze munições de calibre 9 mm (milímetros), duas intactas e 9 deflagradas, além de um cartucho de calibre .40 e um projétil deformado na calçada de uma loja.

No local, segundo a Polícia Militar, que foi a primeira a chegar para atender a ocorrência, havia mais de 50 pessoas correndo em todas direções. Muitas delas arremessando garrafas para cima, em várias direções. Também tinha brigas isoladas na esquina da tabacaria. Dentro do estabelecimento, uma confusão foi contida e os envolvidos colocados para fora. No banheiro, foi encontrada uma mulher relatando ter sido atropelada por um veículo I30 prata.

Tiroteio em tabacaria assustou vizinhança: “Foi uma gritaria e um corre-corre”
Ainda nesta manhã, era possível encontrar manchas de sangue na calçada. (Foto: Marcos Maluf)

Após o acidente, o motorista fugiu e não foi localizado. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas a vítima não quis ser levada para uma unidade de saúde. Funcionários da tabacaria contaram que os disparos de arma de fogo quebraram a porta do comércio e atingiram uma mulher 36 anos. Ela foi socorrida de motocicleta por terceiros e levada ao Hospital Regional. Não se sabe se a lesão foi causada pelos disparos ou pelos estilhaços da porta.

Ainda de acordo com testemunhas, um dos suspeitos de iniciar a briga e fazer os disparos foi identificado como Gabriel, conhecido como Pinguim. Os responsáveis pela confusão fugiram antes da chegada da polícia numa Saveiro G5 e um I30 prata, carro responsável pelo atropelamento.

Dor de cabeça - Os vizinhos próximos à tabacaria reclamam do comportamento inadequado dos clientes do estabelecimento e não aguentam mais a situação. Morando no bairro há 46 anos, idoso de 79 anos, que pediu para não ser identificado, acordou com barulho de tiro. “Levantei para saber o que havia acontecido e vi tanta gente na rua. Não dava nem para contar. Acho que tinha umas 50 pessoas. Corri pra pegar o celular e chamar a polícia, quando escutei mais 4 disparos”, contou.

Tiroteio em tabacaria assustou vizinhança: “Foi uma gritaria e um corre-corre”
Cacos de vidro da porta que foi quebrada e muitas garrafas de bebidas. (Foto: Marcos Maluf)

Segundo o idoso, a tabacaria é um problema que existe há mais de 1 ano. Sai dono, entra dono e a situação continua a mesma coisa. “Isso dá um trabalho pra gente. Lota de carro aqui, de motoqueiro. Os veículos param em frente às casas e do portão”, reclamou.

A empresária Luzia conta que já fez várias reclamações e não sabe mais a quem recorrer. É música alta, moto estalando escapamento. “Essa noite, ouvi alguns disparos e depois, alguém descarregou a arma, foram mais de 5 tiros. Uma gritaria, um corre-corre. Meu marido chamou a polícia e ficamos dentro de casa esperando a PM chegar. A gente ouvia alguém gritando: 'Corre que fulano vai continuar atirando'. Tem dia que o pessoal amanhece aí, ficam até 10h da manhã. Isso aí é uma tragédia anunciada”.

Conforme Luzia, já denunciou a situação para vários órgãos e até agora, não recebeu resposta. “Já fiz denúncia na Ouvidoria do Estado e do Ministério Público. Todo lugar que eu podia reclamar, eu reclamei. Não tenho prazer em dormir na minha própria casa. Não sei mais o que fazer", contou.

Na pandemia, a tabacaria abriu todos os dias, segundo os moradores da região. "Já teve até registro de menor alcoolizado, gente usando droga e fazendo sexo debaixo da minha árvore. Faz tempo que estamos na luta para fechar esse estabelecimento. Já conversei com o proprietário e nada. Eu não sei mais o que fazer”, desabafou Luzia.

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