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Lado B

Todo mundo sabe que ela vem, mas poucos se preparam para a chuva

Paula Maciulevicius | 25/01/2012 18:23
Chuva alaga centro da cidade. Os 19mm de água que caíram pegou muita gente de surpresa (Foto: Simão Nogueira)
Chuva alaga centro da cidade. Os 19mm de água que caíram pegou muita gente de surpresa (Foto: Simão Nogueira)

É a época mais chuvosa e todos sabem, mas mesmo assim a chuva da tarde desta quarta-feira pegou muita gente desprevenida. Na região central, ao contrário de outros bairros, choveu 19 milímetros, segundo informações do meteorologista Natálio Abrahão.

Com tanta chuva a dificuldade era de atravessar a rua, fosse a Maracaju ou 14 de Julho, a água beirava a calçada e quem não queria molhar as canelas precisou esperar.

“Estou esperando para passar pra lá, preciso entrar no serviço 5h”, dizia o segurança Roberto Carlos Peralta, 41 anos. O problema é que o trabalho fica simplesmente do outro lado da cidade, no distrito Indubrasil.

Questionado se o patrão iria entender a justificativa do possível atraso ele responde “engolir não engole, mas vai fazer o que”, brincou.

Desprevenida, vendedora conseguiu voltar ao trabalho graças ao ambulante. (Foto: Simão Nogueira)
Desprevenida, vendedora conseguiu voltar ao trabalho graças ao ambulante. (Foto: Simão Nogueira)

O problema das ruas alagadas tem explicação. Ela “saltava” aos olhos de quem esperava a chuva passar. “Isso aqui é por causa das bocas de lobo, estoura e vaza tudo como dá para ver. Para uma chuva dessas, não há guarda-chuva que aguente”, comentou a administradora Simone Maia, 46 anos.

E a chuva teve que cair justo no horário de almoço de Denise de Souza, 47 anos. A vendedora não podia chegar atrasada na loja em que trabalha, na rua Maracaju. Mas com a água que caía, mal conseguia por o nariz para fora.

“Pegou muita gente desprevenida, inclusive eu e bem no almoço. Eu não podia chegar atrasada. Mas sabe como é né? Estava sem guarda-chuva. E junto com a chuva que aparece do nada, os vendedores ambulantes aparecem também e eu consegui comprar um guarda-chuva”, conta Denise.

Aproveitando para ganhar dinheiro, vendedor tem nos braços a proteção contra a chuva. (Foto: Simão Nogueira)
Aproveitando para ganhar dinheiro, vendedor tem nos braços a proteção contra a chuva. (Foto: Simão Nogueira)

Na entrada de uma loja de tecidos, além dos paninhos usados para enxugar a água, um rodo fazia companhia à água da chuva que continuava caindo lá fora. Com a força do vento, a água chegou a entrar no comércio.

“Não chega a alagar, mas chega aqui na calçada. Mas venta e alaga um pouco em questão de minutos. Se chover três, quatro dias, tem que ficar puxando com o rodo, relata a vendedora Adriane Zanandrea, 27 anos.

Só na tarde de hoje o Corpo de Bombeiros atenderam quatro ocorrências em consequência da chuva, envolvendo veículos, queda de árvore, e uma na agência do Bradesco na avenida Coronel Antonino.

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