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Capital

Toque de recolher deixou Amambaí ainda mais abandonado, reclama comércio

Na noite de ontem (21), ladrão foi preso após arrombar loja de lanchonete no local; na semana passada, outro comércio foi alvo

Kerolyn Araújo e Bruna Marques | 22/07/2020 11:06
Toque de recolher deixou Amambaí ainda mais abandonado, reclama comércio
Prédio da antiga rodoviária, no bairro Amambaí, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)


Com o início do toque de recolher os casos de furtos na região da antiga rodoviária de Campo Grande, no bairro Amambaí, cresceram, aumentando também a sensação de insegurança entre os comerciantes da região.

Na noite de ontem (21), lanchonete foi alvo de tentativa de furto no local. O prejuízo, estimado em R$ 800 pela porta quebrada, só não foi maior porque a Polícia Militar foi acionada por testemunha, chegou ao local a tempo e prendeu o ladrão.

Foi a primeira vez que o estabelecimento foi alvo de bandido em 28 anos.

A comerciante, administradora do prédio da antiga rodoviária e presidente do bairro, Rosane Nely, 52 anos, relatou ao Campo Grande News que os casos de furtos aumentaram na região. O espaço de eventos onde é dona foi arrombado na semana passada, também pela primeira vez em 20 anos.


Toque de recolher deixou Amambaí ainda mais abandonado, reclama comércio
Rosane Nely, 52 anos, é comerciante, administradora do prédio da antiga rodoviária e presidente do bairro. (Foto: Henrique Kawaminami)


Segundo a comerciante, o aumento da criminalidade tem ligação com o toque de recolher, medida tomada para controlar os casos de covid-19.

''O problema é que recolhem todo mundo das ruas, fecham estabelecimentos e os marginais deitam e rolam. A cidade não pode ficar a mercê dos marginais. Tem que ter isolamento, mas é preciso estudar uma forma de não deixar o centro sem movimento", disse a comerciante.

Dono de brechó há 11 anos, Carlos Antônio da Costa Paredes, 41 anos, deixou o conforto do próprio lar para dormir no comércio na tentativa de evitar ser alvo de ladrões. ''De três semanas pra cá estão ocorrendo muitos furtos porque a polícia não vem aqui. Sei que estão envolvidos com o toque de recolher, mas cadê a operação pesada que tinha antes da pandemia?", questionou.

A insegurança do abandono do local também assombra a cabeleireira Cícera dos Santos, 58 anos. Do salão no prédio da antiga rodoviária, ela tira o sustento há 42 anos. ''Estamos aqui para lutar e acontece essas coisas? Tem hora que eu penso: será que vou chegar e a porta estará arrombada?", desabafou.

Procurada pela reportagem, a Polícia Militar, por meio do 1º Batalhão, responsável pelo policiamento no centro de Campo Grande, informou que as rondas continuam na área com o mesmo número de efetivo,  em meio à situação de pandemia.

A PM também reforçou que na antiga rodoviária há uma base fixa da polícia, com agentes 24h.



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