ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 15º

Capital

Trad diz que Santa Casa tem autonomia para decidir sobre greve

Aline dos Santos e Paula Vitorino | 03/08/2012 11:55
Trad afirma que hospital tem autonomia. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Trad afirma que hospital tem autonomia. (Foto: Rodrigo Pazinato)

O prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), declarou hoje que não vai se envolver na negociação entre a diretoria da Santa Casa e os médicos cardiologistas, que suspenderam o plantão no Pronto-Socorro desde 28 de julho. “A junta administrativa tem autonomia para resolver o problema”, afirma o prefeito.

O hospital está sob intervenção do poder público desde 2005, sendo a prefeitura a gestora dos recursos repassados pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O governo do Estado também compartilha a administração da Santa Casa.

Os médicos exigem que o hospital cumpra portaria do Ministério da Saúde e mantenha plantonista 24 horas. “Estão querendo o plantão presencial, que o médico fique lá 24 horas, independente se tenha paciente ou não. Hoje, o plantão é à distância. Caso chegue algum paciente, o médico é chamado”, explica Trad.

De acordo com o coordenador da cardiologia da Santa Casa, Waldir Salvi, a categoria negocia desde janeiro com a direção, mas, em junho, foi informada de que o hospital não tem dinheiro para manter plantonista 24 horas.

“O plantão já é cumprido para cirurgião-geral, anestesista, radiologista. Mas na hora da cardiologia, a Santa Casa diz que não tem dinheiro”, afirma Salvi. O plantão pode chegar a R$ 100 à hora e pode ser feito em regime de 6h ou 12h.

O coordenador explica que o plantão nunca funcionou como prevê a portaria do Ministério da Saúde. A Santa Casa também tem uma unidade coronariana, que não sofreu paralisação. Porém, o plantonista do setor deve permanecer no CTI cardíaco e, monitorar, no máximo, dez pacientes.

Conforme Waldir Salvi, a direção informou que poderia, apenas, manter plantonista durante o dia. A proposta foi recusada, porque a categoria lembra que não existe hora para se ter um infarto.

Nos siga no Google Notícias