Traficante voltou a lugar de crime para agredir 2ª travesti e acabou preso
Carlos Batista Lima, o Macaco, foi preso no mesmo dia depois que a 2ª vítima procurou a polícia o acusando de ter recebido um soco
A polícia chegou ao suspeito de matar a travesti Francielson Rodrigues de Moura, 30 anos, conhecida como Thaylla, após ele agredir outra travesti no último sábado (25), na região do Terminal Bandeirantes, em Campo Grande, próximo ao local do crime.
Carlos Batista Lima, o Macaco, de 28 anos, foi preso no mesmo dia depois que a segunda vítima procurou a polícia o acusando de ter recebido um soco. O rapaz foi identificado pela vítima e levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) do Bairro Piratininga.
De acordo com o delegado Ricardo Meirelles, do 5º DP, o rapaz era foragido do semiaberto. Ele cumpria pena por roubo a mão armada. Segundo o delegado, a travesti que denunciou a agressão no sábado disse que também era cobrada por dívidas de drogas e que ele estaria usando o crime para ameaça-la. “Ou você me paga ou vou fazer o mesmo que fiz com a Thaylla”, teria dito.
O traficante fornecia pasta-base, crack e cocaína para as travestis e outros usuários da região da Avenida Bandeirantes.
O delegado não soube dizer quanto Thaylla devia ao traficante, mas acredita ser um valor irrisório. O traficante negou para a polícia e também a imprensa que tenha matado a vítima e que sequer a conhecia. “Não foi eu, jogaram isso no peito”, disse. O delegado afirma que não há dúvidas de que ele é o autor do crime.
O suspeito será indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Thaylla foi morta na madrugada do dia 19 com duas facadas, uma no braço e a outra no pescoço. O corpo foi encontrado em frente ao Terminal Bandeirantes.
