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Capital

Transferido, garoto não obtém vaga em escola e corre risco de reprovar

Elverson Cardozo | 17/07/2013 16:26
Mãe está preocupada. Não quer que o filho reprove, mas não vê saída. (Foto: Pedro Peralta)
Mãe está preocupada. Não quer que o filho reprove, mas não vê saída. (Foto: Pedro Peralta)

Desde que a irmã faleceu, em decorrência de um acidente vascular cerebral, há pouco mais de um mês, a manicure Maria Dolores, 48 anos, está cuidando do sobrinho Vinicius, 8 anos. Como o garoto só aceita ficar com ela, a mulher, que morava no Guanandi, teve de ir para o Conjunto Oliveira, do outro lado da cidade, junto com o filho de 9 anos que, devido a mudança, precisou sair da escola.

O problema é que, até agora, ele não conseguiu vaga em nenhum colégio de Campo Grande, nem na própria região onde está morando atualmente.

Funcionários, diretores e atendentes da Central de Vagas da Prefeitura procurados pela família alegam, segundo relatos, que as salas estão completas nas quartas séries, em todas as escolas da região.

À mercê do trâmite burocrático e das respostas oficiais, o menino segue sem estudar, correndo o risco de perder todo o ano letivo e, pela primeira vez, reprovar. A mãe questiona: “Eles mesmo falam que criança tem que estar na escola, mas cadê?”.

Maria Dolores conta que, desde que pediu a transferência, já procurou, por duas vezes, a direção da Escola Municipal Professor José de Souza, conhecida como Zezão, no Oliveira, mas, segundo ela, a resposta foi ríspida e a solução não veio.

“Eles nem olharam para minha cara e falaram: já falei que não tem vaga, mãe. Vai procurar outra escola”. Na Estadual Maria Rita Cássia Pontes Teixeira, no União, a informação, de acordo com a manicure, foi a mesma.

Sem saída, ela resolveu procurar a imprensa e já fala em processo caso a situação não se resolva. “Eu só quero que meu filho estude. Isso é um descaso, o que fazem com a gente. Eles desprezam, maltratam, olham com cara de nojo. Não gosto disso”, declarou.

Ao Campo Grande News, o garoto frisou que deseja continuar estudando. Maria Dolores até cogitou “soltar” o filho sozinho, de ônibus, para estudar em outro bairro, mesmo distante, mas, pensando bem, levando em conta a idade e a segurança da criança, prefere, mesmo contra vontade, que o garoto reprove.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Prefeitura, mas até agora não obteve retorno.

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