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Capital

Travesti diz que matou deficiente em legítima defesa

Francisco Júnior e Paula Maciulevicius | 03/10/2012 12:02
Travesti confessou crime. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Travesti confessou crime. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Jeferson da Silva, Alves, 18 anos, travesti conhecido como Darlene Beatriz, confessou ter matado com uma facada o deficiente físico, Arsênio Francisco Chaves Vargas, de 39 anos, no dia 25 de agosto, na rua  Carlinda Tognini, na Vila Progresso, em Campo Grande.

A travesti foi presa ontem no bairro Guanandi, onde mora. Na delegacia, ela disse que agiu em legítima defesa porque havia sido agredida pela vítima.

Darlene disse que estava na rua, onde costuma ficar no período da noite para fazer programa, quando foi abordada pela vítima. “A gente combinou de fazer um programa no valor de R$ 30. Depois que a gente terminou ele disse que não tinha dinheiro para me pagar”, conta.

A travesti conta que chegou a olha na carteira de Arsenio para ver se tinha dinheiro, mas não encontrou nenhuma quantia. De acordo com ela, a vítima a agrediu primeiro. “Ele me espancou, me bateu”, afirma.

Conforme Darlene, para se defender, pegou uma faca que estava em sua bolsa. “Ele tentou pegar da minha mão, foi quando acertei e sai correndo”, relata travesti, que afirma ter ficado sabendo da morte da vítima pela televisão. “Eu não tinha a intenção de matar ninguém”, acrescenta.

Darlene diz que é natural de Ladário e que faz programa há 4 anos. Ela foi ouvida ontem e liberada em seguida. Porém, prestou novo depoimento sobre o caso nesta quarta-feira, na 4ª Delegacia de Polícia, no bairro Moreninhas.

O delegado Devair Aparecido Francisco, responsável por investigar o caso, vai realizar a reconstituição do crime na tarde de hoje. A travesti vai participar, porém será liberada em seguida já que não foi presa em flagrante e por conta do período eleitoral, que prevê que no período de 30 de setembro a 9 de outubro nenhum eleitor pode ser preso. As únicas exceções são para os casos em que o réu é condenado por crime inafiançável, foi pego em flagrante delito ou desrespeitou o salvo-conduto, que é a proteção oferecida ao eleitor ameaçado em seu direito de votar.

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