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Capital

Três dias após prisão em MT, assassino de Francielli chega para depor na Capital

Adailton ficou em silêncio durante todos os 700 km de viagem e e só abriu a boca quando já chegava à Deam

Anahi Zurutuza e Ana Beatriz Rodrigues | 03/02/2022 15:01


Três dias após ser pego na rodoviária de Cuiabá (MT), Adailton Freixeira da Silva, 46 anos, acaba de chegar à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) de Campo Grande, onde será interrogado.

Com a mesma camiseta azul e calça jeans que vestia quando foi pego no estado vizinho, o soldador foi levado para dentro da unidade da Polícia Civil, na Casa da Mulher Brasileira da Capital, pela porta de trás. De cabeça baixa, ele manteve para a imprensa o mesmo silêncio que empregou desde que foi preso. No camburão, após a viagem de 707 km, o homem só abriu a boca quando já se aproximada da delegacia, para perguntar aos policiais: “já estamos chegando?”, apurou o Campo Grande News com um integrante da equipe responsável pelo transporte.

Por enquanto, ele não constituiu advogado. Quando foi pego, Adailton era procurado há cinco dias por matar a mulher Francielli Guimarães Alcântara, de 36 anos, sob tortura na frente dos filhos.

Com a mesma roupa que usava em Cuiabá, Adailton Freixeira da Silva, 46 anos, chega para depor em delegacia da Capital (Foto: Marcos Maluf)
Com a mesma roupa que usava em Cuiabá, Adailton Freixeira da Silva, 46 anos, chega para depor em delegacia da Capital (Foto: Marcos Maluf)

Segundo investigação da Deam, o soldador manteve a mulher em cárcere durante 27 dias. No corpo, ela tinha várias marcas de queimaduras, hematomas e até dentes e cabelos arrancados.

O adolescente, filho do casal, também era mantido prisioneiro na casa onde a família vivia, no Bairro Portal Caoibá, região sudoeste de Campo Grande. A PM chegou a ir ao local três vezes, mas também conforme a apuração da Polícia Civil, Francielli, com muito medo das ameaças e torturas que recebia, dizia que estava tudo bem e dispensava o socorro.

A mulher morreu na madrugada de quarta-feira (26), estrangulada com uma corda. O caso chegou até à 6ª Delegacia de Polícia Civil depois que a equipe do SVO (Serviço de Verificação de Óbitos) viu os ferimentos no corpo de Francielli.

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