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Capital

Trio acusado de tentar matar peão em haras volta para a cadeia antes de júri

Esfaqueado no pescoço, Airton da Silva Cordeiro atravessou rio a nado para conseguir ajuda

Anahi Zurutuza | 15/09/2021 18:01
Da esquerda para direita Anderson Cabral da Silva, Tiago Gregório Moreira e Luiz Carlos Espíndola Silva, quando foram presos em 2017 (Foto: Geisy Garnes/Arquivo)
Da esquerda para direita Anderson Cabral da Silva, Tiago Gregório Moreira e Luiz Carlos Espíndola Silva, quando foram presos em 2017 (Foto: Geisy Garnes/Arquivo)

Anderson Cabral da Silva, de 33 anos, o primo dele Tiago Gregório Moreira, 33, e um ex-funcionário Luiz Carlos Espíndola Silva, 29, voltaram para a cadeia nesta quarta-feira, dia 25, um dia depois de terem as prisões preventivas decretadas em processo por terem tentado matar peão em haras, em Campo Grande. Os três respondiam pelo crime em liberdade e iriam a júri popular hoje, se não tivessem “trocado” a defesa dias antes do julgamento.

O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, reagendou o júri para novembro, a pedido dos advogados do trio, mas ao reanalisar a situação dos três perante a Justiça, constatou que Luiz Carlos não comparecia em juízo desde março de 2018, Anderson deixou de se apresentar em setembro daquele ano e Tiago em junho de 2019.

“Assim, tem-se que, mesmo após assumirem compromisso de devidamente cumprirem com as medidas cautelares que lhes foram impostas para que pudessem responder ao processo em liberdade, deixaram de cumprir”, ressaltou o magistral do ao determinar as prisões por tempo indeterminado.

Os três mandados foram cumpridos hoje, um deles pela DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio). Com o preso em Campo Grande, policiais encontraram pistola calibre 22 e 15 munições. O homem responderá por posse ilegal de arma de fogo de uso permitido. Os outros dois acusados foram pegos em fazenda de Laguna Caarapã.

No dia seguinte ao crime, suspeitos foram gravados parecendo debochar de vítima (Foto: Reprodução)
No dia seguinte ao crime, suspeitos foram gravados parecendo debochar de vítima (Foto: Reprodução)

O crime – O trio foi preso em flagrante no dia 1º de dezembro de 2017, menos de 24 horas após o crime. Anderson é domador de cavalos e patrão de Airton (vítima) e Luiz (um dos envolvidos). Já Tiago é primo de Anderson e estava a passeio no haras, onde suspeitos e vítima bebiam.

Em meio à bebedeira, os homens discutiram. Imagens capturadas pela polícia mostram o momento exato da confusão. Contudo, após o que parece ser a briga os homens e a vítima vão para outro local, foram do alcance das de câmeras de segurança do haras.

Pouco tempo depois, o trio reaparece já carregando a vítima, que aparentemente está desacordada. Airton é colocado na carroceria de uma caminhonete Hilux, que conforme apurado pela polícia é de Anderson. “Tiago confessou que eles levaram a vítima até uma plantação de soja próximo ao haras. Lá, ele assume que esfaqueou a vítima duas vezes no pescoço e depois, com a ajuda dos comparsas, jogaram o corpo em um rio, pois tinham a convicção que a vítima estava morta ”, detalhou à época o delegado Carlos Delano, responsável pelas investigações.

Os três homens acharam que Airton não havia sobrevivido ao ataque, mas a vítima acordou em meio à correnteza, nadou até a margem, andou por uma plantação e foi salvo pelo Corpo de Bombeiros em uma estrada vicinal a 20 quilômetros da cena do crime. O trio vai a júri pelo crime no dia 17 de novembro.

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