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Capital

Um mês após assassinato de estudantes, ato colhe assinaturas

Viviane Oliveira | 29/09/2012 11:20
Rubens mostra a foto do filho, Breno, colada na geladeira.
Rubens mostra a foto do filho, Breno, colada na geladeira.

"O silêncio da casa é o que mais dói". "Um dia eu amanheço chorando, outro dia é minha esposa. As frases são de Rubens Silvestrini, pai de Breno, 18 anos, e de Paulo Fernandes, pai de Leonardo, 19 anos, assassinados no dia 30 de agosto.

No domingo que completa um mês da morte dos jovens, eles escolheram continuar o movimento pela paz e convidam toda a população para participar do movimento para que os crimes violentos não caiam no esquecimento.

As famílias dos universitários realizam um movimento para coleta de assinaturas para o fim da impunidade. A concentração será nos altos da avenida Afonso Pena às 9 horas, em Campo Grande.

Será montada uma tenda, na altura da Cidade do Natal, para colher o maior de número de assinaturas para a campanha pelo fim da impunidade da UDVV (União em Defesa das Vítimas de Violência).

Além disso, o movimento Fim da Impunidade da UDVV quer evitar que mais pessoas, qualquer seja a idade, sejam vítimas de crimes hediondos que poderiam ser evitados com uma legislação menos branda e que reprimisse com maior eficiência a criminalidade.

Para Paulo, o objetivo é fazer pressão junto com a sociedade e principalmente com aquelas que tiveram parentes brutalmente assassinados. "O Brasil precisa mudar. É muito díficil conviver com essa dor. Agora o mínimo que eu posso fazer pelo meu filho é lutar para dimuir a impunidade no nosso país", destaca.

Inconformados com a morte dos filhos, os pais passaram a participar de eventos contra violência. Além de palestras, eles já ocuparam a tribuna da Assembleia Legislativa para falarem aos deputados sobre a dor de perder um filho e participaram de um debate na OAB (Ordem dos Advogdos do Brasil) sobre segurança pública.

Rubens desabafa dizendo que o filho saiu de carne e osso e não voltou mais. Hoje atráves das fotográfias ele tem um filho de papel. No fundo da casa, o pai mostra com triteza no olhar o jipe que faria trilha no pantanal junto com Breno. "Ele era o meu companheiro", finaliza.

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