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Capital

Um mês após morte de Raul, ato pede prisão de acusado de abusos

Adriano Fernandes | 01/11/2021 22:55
Cartazes levados pelo grupo de alunos, em 2020, no primeiro protesto contra os abusos do professor. (Foto: Direto das Ruas)
Cartazes levados pelo grupo de alunos, em 2020, no primeiro protesto contra os abusos do professor. (Foto: Direto das Ruas)

Amigos e familiares do capoeirista Raul Bartzik, irão se reunir na próxima quinta-feira (04) em protesto pedindo justiça pela morte do jovem, que partiu aos 18 anos de idade, depois de ter denunciado os abusos sexuais que sofreu do seu professor de capoeira, na Capital.

A manifestação cobra mais ação da polícia e da Justiça já que o suspeito - que já foi denunciado por pelo menos outras três vítimas e até condenado por estupro -, segue impune.

O ato pacífico vai ocorrer às 14h de quinta-feira (04) em frente ao fórum da Capital, na Rua da Paz. "Raul foi uma das vítimas do pedófilo que usa a sua condição de mestre de capoeira para agir. Quantos Raus terão que morrer para que o pedófilo seja responsabilizado?", questiona o texto de convocação para o protesto.

Tragédia - O corpo de Raul foi encontrado há quase um mês, às 11h de um domingo, dia 3 de outubro, embaixo de uma ponte da reserva ambiental do Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), ao lado do Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. A área em que o corpo foi localizado é privada e de acesso proibido.

Na polícia, o caso é tratado como morte a esclarecer, mas a principal suspeita é de que o jovem tenha tirado a própria vida. Os motivos que levaram o capoeirista ao ato foram divulgados pelos amigos e família nas redes sociais. Segundo os depoimentos, Raul revelou, no ano passado, ter sido vítima de abusos sexuais do professor de capoeira com quem teve aula por vários anos.

Ano passado ele e outras supostas vítimas do mesmo mestre, se reuniram em protesto em frente à academia em que o homem dava aulas. O jovem também procurou a polícia, mas desde então a investigação sobre o caso segue a passos lentos.

Após a morte, três outras supostas vítimas procuraram a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) para denunciar abusos sexuais praticados por professor de capoeira. As vítimas tinham 14, 16 e 22 anos na época em que sofreram o crime. Contudo, o professor não teve a identidade confirmada e segue em liberdade.

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