Após morte de capoeirista, 3 outras vítimas denunciam professor por abusos
Raul Bartzik, encontrado morto no Parque das Nações, havia denunciado professor de capoeira em 2020
Três supostas vítimas procuraram a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) nesta quinta-feira (7), para denunciar abusos sexuais praticados por professor de capoeira, que não teve a identidade confirmada. Conforme a delegada responsável pelo caso, Fernanda Félix, os jovens tomaram coragem para realizar o registro após a morte de Raul Bartzik.
Em 2020, Raul revelou que sofria abusos sexuais do professor de capoeira e coordenou um protesto contra o instrutor ao lado de outros colegas. De acordo com a delegada, duas das três vítimas que se apresentaram hoje haviam sido apontadas por Raul como testemunhas do abuso, mas apenas agora revelaram os abusos.
- Leia Também
- Após 3 dias, polícia vai à reserva ambiental investigar morte de capoeirista
- Protesto de vítimas que acusam capoeirista de abusos leva PM a academia
Félix explicou que as investigações estão avançadas, mas devido ao caso ser sigiloso, poucas informações podem ser divulgadas. Sobre os abusos, a delegada relatou que os jovens tinham 14, 16 e 22 anos na época em que sofreram o crime, mas não informou a idade atual dos envolvidos.
Em depoimento especial, os jovens informaram que sabiam sobre os abusos dos colegas e deram novos dados sobre os crimes. Devido aos ocorridos serem recentes, a delegada explicou que as palavras das vítimas possuem grande valor e servem como provas.
Primeiro registro - Raul Bartzik, de 18 anos, foi encontrado morto no último domingo (2) sob uma ponte da reserva ambiental do Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres). De acordo com a delegada Fernanda Félix, ele foi o primeiro a registrar boletim de ocorrência contra o professor de capoeira.
A morte de Raul está sendo investigada pela 3ª Delegacia de Polícia Civil. Conforme o delegado Ricardo Meirelles Berdinadinelli, a área em que o corpo foi localizado é privada e de acesso proibido.
Conforme divulgado em matéria pelo Campo Grande News, o professor já foi condenado a 9 anos e quatro meses de reclusão em outra ação penal, que tramita em segredo de Justiça.