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Capital

Uma semana após chuva, pacientes voltam aos postos por causa do tempo seco

Paula Maciulevicius | 15/09/2011 20:11

Umidade na média de 30% traz à tona as consequências da falta de chuva

Inalação virou hábito na rotina dos campo-grandenses.(Foto: João Garrigó)
Inalação virou hábito na rotina dos campo-grandenses.(Foto: João Garrigó)

O final da semana na Capital é característico da estação, umidade em baixa, na casa dos 30% e temperatura em 32°C. Mesmo com a chuva que caiu dias atrás, o tempo continua “judiando” dos campo-grandenses.

Nesta quinta-feira o mal estar levou parte da população a procurar atendimento nos postos de saúde. Na unidade básica das Moreninhas, por exemplo, a jovem Luciele da Silva de Oliveira, de 20 anos, sentia as consequências do clima.

“Estou com dor de cabeça, tontura. É, creio que possa ser o tempo seco sim”, conta.

Enquanto aguardava uma vizinha ser atendida, a pensionista Maria Teodósio Vieira, 65 anos, é o exemplo de quem faz de tudo para se proteger da baixa umidade do ar. Sentada no banco, os pertences viraram acessório do inverno sul-matogrossense. Uma sombrinha e uma garrafa de água.

“Precisa mesmo, essa aqui já está quente, mas está aqui mesmo assim”. Eu deixo perto da cama até na hora de dormir”, relata.

Garrafa de água e sombrinha. Dupla ideal para se proteger dos males do tempo seco. (Foto: João Garrigó)
Garrafa de água e sombrinha. Dupla ideal para se proteger dos males do tempo seco. (Foto: João Garrigó)

O pequeno Jhonathan de 6 anos foi ao posto hoje para tomar vacina, mas não é sempre assim, na maioria das vezes a procura pelo médico é por conta das doenças respiratórias. A mãe já antecipa o que está por vir “o nariz dele já está escorrendo”, diz Sabrina da Silva Mendes, de 24 anos.

Em casa ela toma todos os cuidados. Deixe balde com água à mão e também toalha molhada nos quartos. “Meu marido que fala que adianta, que fica mais úmido e é mesmo”, relata.

O enfermeiro Marcel Nobre é quem confirma. “Muitos dos problemas são em decorrência da baixa umidade. A dor de cabeça, dificuldade para respirar”, afirma.

Segundo ele, a procura é grande principalmente por paciente com dores de garganta e tosse seca. A recomendação do especialista é ingerir bastante líquido, bem acima do normal diário.

“O adulto bebe dois litros em média por dia, mas precisa ingerir muito mais agora. Com as crianças, como elas não costumam falar que estão com sede, os pais precisam dar no mínimo 10 copos de água e ficar atentos as alertas da Defesa Civil”, orienta.

Já no posto de saúde do Tiradentes, o estudante Wilton Carlos Silva, de 13 anos, estava acompanhado da mãe. O motivo também foram as consequências da baixa umidade. “Estou com a garganta inflamada. Não dá nem para tomar tereré que é bom para refrescar nesse tempo”, brinca.

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