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Capital

Única interessada em concessão quer modernizar Feira sem perder origens

À frente do local há aproximadamente 20 anos, Afecetur deve vencer licitação para uso do espaço por pelo menos mais 20

Jones Mário | 06/07/2019 08:50
Feira Central é composta por 190 barracas, com 117 comerciantes (Foto: Marina Pacheco)
Feira Central é composta por 190 barracas, com 117 comerciantes (Foto: Marina Pacheco)

A Afecetur (Associação da Feira Central e Turística de Campo Grande) deve seguir à frente da administração da Feira Central de Campo Grande. A entidade foi a única interessada na concorrência aberta pela prefeitura para concessão do direito de uso do espaço.

Recentemente reeleita como presidente da Afecetur, Alvira Appel de Melo celebra a possibilidade de firmar parcerias com empresas para investir em melhorias no ponto turístico. “A gente tem um produto que tem necessidade de atualização de competitividade no mercado, em todas as áreas. Precisamos dar qualidade ao cliente, infraestrutura, sem perder as origens e os valores culturais, que são nosso bem mais precioso”.

No edital da licitação, aberto em março, a prefeitura da Capital justifica que não tem recursos para ampliar o espaço. Antes uma feira de rua, situada na Abrão Júlio Rahe, o empreendimento ganhou corpo e foi deslocado pela administração municipal para a Esplanada Ferroviária em 2006.

“Nós éramos permissionários e a prefeitura não tem dinheiro. O jeito que se encontrou foi esse. Agora temos o aval de poder chegar no investidor para corrigir o que é falho. Antes não podia. Com essa concessão, nós conseguimos abrir olhares de recursos para atualizar o que precisa ser feito de infraestrutura na feira”, destaca Alvira.

A Afecetur já administra a Feira Central há pelo menos 20 anos. “Vamos investir naquilo que for possível de modernidade e qualidade de conforto. Hoje não temos espaços de descanso para os funcionários, por exemplo”, continua a presidente.

O resultado da fase de proposta da concorrência aberta para concessão da Feira Central foi publicado na última quinta-feira (4). A Afecetur aguarda o fim do prazo para apresentação de recursos para ser declarada vencedora da licitação.

A concorrência concede o uso da Feira Central por 20 anos, prorrogáveis por mais 20. O edital previa apresentação de investimento de pelo menos R$ 10 milhões nos primeiros três anos.

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) sancionou lei municipal que concede o uso público do local no dia 28 de dezembro de 2018. A norma permite que a Feira Central realize parceria com o setor privado para ampliação e reforma.

Atualmente, a feira é composta por 190 unidades, com 117 comerciantes. Entre as barracas funcionam 27 sobarias e 163 lojas de varejo popular.

Eleição - O processo de definição da proposta entregue à prefeitura teve discordâncias. Às vésperas da eleição da nova composição da Acefetur, realizada no dia 13 de maio, duas chapas concorrentes divergiam sobre o projeto. O pleito foi o primeiro com oposição em 14 anos.

Segundo Alvira de Melo, sua chapa venceu com 71% dos votos válidos. O novo mandato se estende até 2022.

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