Uso de máscara por servidores dá sensação de segurança, avalia população
Decreto em Campo Grande obriga que servidores usem máscaras e contribuinte disse que medida deveria ser ampliada

O uso obrigatório de máscaras nas repartições públicas em Campo Grande aumenta sensação de segurança entre a população, segundo avaliação dos que precisaram recorrer ao serviço presencial nesses tempos de pandemia de novo coronavírus (covid-19).
A obrigatoriedade atinge cerca de 20 mil servidores de Campo Grande, segundo o secretário Municipal de Gestão, Agenor Mattiello, referindo-se aos funcionários que estão na função presencial e não foram realocados para home Office.
Na avaliação dele, o decreto publicado na segunda-feira (11) teria seguido o que já é adotado pela maioria, que já havia incorporado o uso de máscaras.
Essa, porém, não tinha sido a avaliação do prefeito Marquinhos Trad (PSD) que, no sábado (9) divulgou o decreto obrigando o uso de máscaras entre servidores depois de constatar que vários não usavam a proteção, principalmente no atendimento ao público. “Achava que não precisava baixar um decreto para isso, pois seria óbvio”, disse, na ocasião.
Hoje, a reportagem esteve na Central de Atendimento do IPTU, prédio anexo à prefeitura, e constatou que os servidores estavam utilizando a proteção. O mesmo não se pode dizer de todos que foram em busca do serviço: vários contribuintes estavam no local, sem máscara.
A chefe da divisão de arrecadação, Djanira Magalhães, disse que no setor, a prevenção havia sido adotada de forma geral. No local, são 32 servidores que fazem cerca de 200 atendimentos diários. “São 6h trabalhando cara a cara, a gente lida diretamente com contribuinte”.
A autônoma Adriana Ribeiro Rodrigues, 34 anos, aprovou a medida. “Se a gente precisa usar, eles [servidores] também têm que se proteger”, disse. Na avaliação dela, o EPI (Equipamento de Proteção Individual) passa sensação de segurança. “É mais uma ajuda para esse vírus não se espalhar”.
O motorista Henrique Nunes Soares, 33 anos, disse que a medida deveria ser obrigatória em toda a cidade, não somente em pontos específicos, como mercados e repartições públicas. Enquanto isso não ocorrer, não confia “100% na eficácia”, disse. “Todo mundo tem que usar”.