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"Vamos até o fim", diz família de vítima em julgamento do 1° feminicídio do ano

Claudineia Brito da Silva foi morta em 13 de janeiro e abriu a lamentável estatística de feminicídios em MS

Por Idaicy Solano e Antonio Bispo | 29/11/2023 08:22
Família vestia camisetas com um último pedido: justiça pela morte de Claudineia (Foto: Marcos Maluf)
Família vestia camisetas com um último pedido: justiça pela morte de Claudineia (Foto: Marcos Maluf)

O relacionamento conturbado e marcado por idas e vindas de Claudineia Brito da Silva e Hércules José Soares, 43, teve fim no dia 13 de janeiro de 2023, quando ela morreu na Santa Casa de Campo Grande, após ter sido esfaqueada no pescoço pelo companheiro. Assim, ela abriu a lamentável contagem de feminicídios deste ano, que soma 26 casos em Mato Grosso do Sul, 7 deles só na Capital.

Durante o início do julgamento do réu, na manhã desta quarta-feira (29), a família da vítima vestia camisetas com o rosto de Claudineia estampado e um último pedido em nome dela: "justiça".

“Enquanto a gente não tiver justiça por ela, a gente não vai deixar de lutar”. Estas foram as palavras ditas à imprensa por Maria de Lurdes Brito, 36, irmã da vítima. O restante dos familiares estavam abalados demais para comentar.

Pelas palavras de Maria de Lurdes, a vítima é lembrada como uma mulher caridosa. “A Claudineia era uma pessoa que fazia o que podia por você, tudo que estava no alcance. A gente quer entender o porquê dessa maldade dele. Para mim, foi uma crueldade. A gente não consegue entender o porquê de ele ter feito isso com ela”.

Irmã da vítima, Maria de Lurdes chorou ao falar com a imprensa (Foto: Marcos Maluf)
Irmã da vítima, Maria de Lurdes chorou ao falar com a imprensa (Foto: Marcos Maluf)

O réu, Hércules José Soares, era amigo do irmão da vítima, que também faleceu vítima de um homicídio há 24 anos. “Então, você imagina pra minha mãe perder dois filhos. E pelo meu irmão a gente não teve justiça. Então a gente quer a justiça por ela. A gente vai lutar por justiça por ela até o final. Pode ser quanto tempo for”.

Segundo Maria de Lurdes, ela e a mãe perdoaram o réu pelo crime cometido contra Claudineia. Para as duas filhas da vítima, não há perdão. Agora, diante do julgamento do réu, a família aguarda que seja feita a “justiça dos homens”.

A família do réu não quis falar com a imprensa. Apenas declararam que “estão acompanhando tudo como família, e que também estão chateados e abalados com a situação”.

Foto da vítima estampada em camisetas que a família vestia na porta do tribunal (Foto: Marcos Maluf)
Foto da vítima estampada em camisetas que a família vestia na porta do tribunal (Foto: Marcos Maluf)

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