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Capital

Vândalos começam a ganhar a guerra das pichações no Centro

Alan Diógenes | 23/08/2014 11:02
Nem o alto dos prédios é obstáculo para os pichadores. (Foto: Marcelo Calazans)
Nem o alto dos prédios é obstáculo para os pichadores. (Foto: Marcelo Calazans)

Pichadores ainda agem no Centro de Campo Grande e não se intimidam com a ação da Guarda Municipal e da Polícia, que vem prendendo e autuando os vândalos. O comércio é o mais atingido pelo vandalismo. Comerciantes e pessoas que passam pelo local estão revoltados com as pichações, que deixam a cidade esteticamente “feia”. E os comerciantes estão desistindo de apagar as pichações.

Cansado de ter prejuízos, o comerciante Edson Akmini, de 63 anos teve a banca de revistas pichada por diversas vezes e desistiu de pintar novamente o lugar. Ele contou que da última vez teve que desembolsar R$ 2 mil para pintar a fachada da loja, mas depois de uma semana ela foi pichada novamente. “Desse jeito fica complicado, não mereço ficar tirando do meu bolso para arrumar algo que bandido estragou”, comentou.

O autônomo Antônio Braz, 64 anos, afirma que os pichadores deveriam ser penalizados pelo ato. Ele que trabalha como engraxate na avenida Afonso Pena, apontou para as pichações no alto dos prédios e disse que os desenhos deixam a cidade mais feia. “Esse povo tem que ir para a cadeia. Esses desenhos deixam o centro da cidade horrível”, justificou.

Antonio lembrou o caso de dois pichadores que foram mortos pela polícia, após invadirem um prédio, em São Paulo. “Se eles estivessem fazendo coisa certa nada de ruim iria acontecer. A gente sabe diferenciar um desenho bonito e artístico de uma pichação sem fundamento. Para mim isso é sem vergonhisse e a polícia deveria intervir”, acrescentou.

Para o estudante Alex Vasques, 18 anos, que é grafiteiro, os vândalos só fazem as pichações por que não encontram espaço para fazer os desenhos. Ele acredita para o problema acabar, a própria população deveria autorizar as pichações nos muros das residências ou comércios. “Eles acabam pichando por revolta, por que nas pessoas não abrem espaços para que fossem feitos desenhos. Em São Paulo, os muros do comércio possuem pichações artísticas, aqui a gente não vê isso, acho tão bonito”, sugeriu.

Discordando das palavras de Alex, a vendedora Viviane Pereira, 21, falou que se fossem liberados os espaços, o problema só iria piorar. “Se proibido, eles já fazem o que fazem, imaginem que se fosse permitido, seria pior. Nem as câmeras de segurança estão evitando a ação desses bandidos, só a Polícia mesmo”, finalizou.

Banca de revistas já foi pichada diversas vezes. (Foto: Marcelo Calazans)
Banca de revistas já foi pichada diversas vezes. (Foto: Marcelo Calazans)
Antonio acredita que pichadores deveriam ser penalizados. (Foto: Marcelo Calazans)
Antonio acredita que pichadores deveriam ser penalizados. (Foto: Marcelo Calazans)
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