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Capital

Vida no Trânsito avalia resultados e diz que solução não será “passe de mágica"

Danúbia Burema e Mariana Lopes | 31/10/2012 10:15
Rudel Trindade, presidente do GGTI, destacou importância do envolvimento da sociedade no projeto. (Foto: Minamar Jr.)
Rudel Trindade, presidente do GGTI, destacou importância do envolvimento da sociedade no projeto. (Foto: Minamar Jr.)

Ao completar dois anos de ações integradas na tentativa de reduzir o número de mortes no trânsito da Capital, o GGTI (Gabinete de Gestão integrada no Trânsito) se reuniu nesta manhã para avaliar resultados e aponta melhoria gradativa. “Nós não vamos resolver tudo em um passe de mágica”, adiantou o comandante da Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito), coronel Alírio Vilassanti.

De acordo com ele, apesar de ter havido redução no número de acidentes desde a implantação do projeto, é necessário cooperação da sociedade para melhorar ainda mais os índices. De janeiro a outubro deste ano foram contabilizadas 104 mortes no trânsito.

Conforme o GGTI, as maiores causas de acidentes estão relacionadas a falhas humanas. Excesso de velocidade, álcool e imprudência são os principais fatores. “O que podemos fazer com a imprudência das pessoas?”, questionou Vilassanti em relação à dificuldade no trabalho de conscientização.

Das 104 vítimas do trânsito neste ano, 67 eram motociclistas; 18 pedestres; 11 ciclistas; 5 motoristas e 3 passageiros de veículos de passeio.

Entre as ações mais positivas do grupo de trabalho está a campanha “Pedestre, eu cuido”, pela qual condutores são orientados a pararem para pedestres cruzarem as vias nos trechos onde não há semáforos. Na avaliação do GGTI, a iniciativa conseguiu promover uma mudança cultural na conduta dos motoristas e motociclistas.

Outro acerto apontado é a junção dos esforços de várias instituições para compilar dados técnicos sobre as mortes no trânsito, que permitiram aprimorar as estatísticas e desenvolver ações mais específicas de prevenção. “Com os métodos desse projeto, os técnicos apontam onde e como está o problema”, detalhou o diretor-presidente da Agetran (Agência Estadual de Transporte e Trânsito) e presidente do GGTI, Rudel Trindade.

Iniciativa – A criação de grupo de trabalho para reduzir as mortes no trânsito é internacional e já vem sendo aplicada em cinco capitais brasileiras, incluindo Campo Grande.

A meta é reduzir em 50% o número de vítimas fatais a cada ano. No Brasil, as ações são desenvolvidas em parceria com a Opas (Organização Panamericana de Saúde no Brasil), que atua em parceria com o Ministério da Saúde. Segundo o representante da entidade, Roberto Colombo, que participou da reunião com apresentação de resultados nesta manhã, ainda há muito trabalho para reduzir e até zerar dados que apontam 42 mil mortos no trânsito do Brasil a cada ano.

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