ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 22º

Capital

Vítima de espancamento em boate não pretende voltar tão cedo a Capital

Helton Verão | 16/04/2013 18:49
Daniel teve fratura no nariz, além de arranhões e hematomas pelo corpo (Foto: Vanderlei Aparecido)
Daniel teve fratura no nariz, além de arranhões e hematomas pelo corpo (Foto: Vanderlei Aparecido)

O jovem de 25 anos que foi espancado no clube União dos Sargentos na madrugada do último domingo (14) prestou depoimento na tarde de hoje (16), na 1ª Delegacia de Polícia Civil, em Campo Grande. Residente em Aquidauana, o vendedor Daniel Alex Sousa, de 25 anos, diz estar traumatizado e que não pretende voltar a Campo Grande tão cedo.

A vítima contou que esbarrou em um dos agressores e que quando foi pedir desculpas foi agredido com um empurrão e um soco. “Estava andando no meio da multidão, esbarrei, no que virei para pedir desculpas tomei um empurrão e um soco no nariz. Caí, quando tentei levantar para correr já tinham mais quatro me cercando, depois disso não me lembro de muita coisa”, ldisse.

Segundo Daniel, um dos seus primos tentou apartar a briga, mas acabou contido por seguranças do clube a base de choques e retirado do clube, enquanto a vítima seguia sendo espancada no salão.

“Estou traumatizado. Meu primo me contou que foi tentar separar a briga e acabou retirado pelos seguranças com aquela maquina de choques. E os agressores seguiram me batendo”, revela Sousa.

Com vários hematomas e arranhões pelo corpo, Daniel ainda será submetido a uma cirurgia no nariz para reconstrução de um osso fraturado.

O advogado da vítima, Sidenei Pereira de Melo, diz ter as imagens da briga em mãos, enquanto o responsável pelo clube alega ter perdido o trecho do momento da briga. “Por enquanto não creio em negligência, mas sim no temor dos proprietários do clube em ter de arcar com uma possível indenização ao meu cliente”, ressalta.

A omissão dos seguranças é questionada também pelo advogado e será investigado no inquérito. Sidenei trabalha com a possibilidade dos seguranças conhecerem e até ter amizade com os agressores. “Foram às pessoas da festa que acalmaram os agressores e evitaram algo pior. Em seguida quando os seguranças retornaram, eles ainda abriram caminho para eles saírem do clube”, argumenta o advogado.

Além de ouvir os depoimentos e esperar as imagens para identificar os agressores, o delegado responsável pelo caso, Wellington de Oliveira, ainda confirma que o clube União dos Sargentos não tinha autorização para utilização do “Taser” (maquina de choque).

Mais quatro pessoas serão ouvidas nesta quarta-feira (17), os três primos de Daniel e mais o responsável pela boate.

Nos siga no Google Notícias